O que é impedimento e suspeição do juiz?

O impedimento do juiz tem caráter objetivo e se dá por situações específicas elencadas no art. 144 do CPC/15. Assim, há impedimento, por exemplo, caso o próprio juiz, seu cônjuge ou companheiro, parente (consanguíneo ou afim) (ex: ele é o autor da ação: não há como ele julgar uma ação em que ele mesmo é quem provocou o judiciário) (art. 144, IV); também ocorre o impedimento caso, após o sorteio, chegue a ele ação da qual ele já proferiu decisão em outro grau de jurisdição (art. 144, II); dentre outros casos específicos taxados no art. 144. Aqui, não há a faculdade de ser impedido ou não, ele É impedido. Daí se tem o caráter objetivo, o impedimento recai sobre o objeto, algum aspecto contido na própria ação. 

Enquanto que, diferentemente, a suspeição é subjetiva. A suspeição, então, recai sobre algum aspecto do juiz, sobre algo particular, algo que não seja, muitas vezes, explícito às pessoas, como é no impedimento. Desta forma,  elenca o art. 145 do CPC/15 alguns casos passíveis de declaração de suspeição pelo juiz, como, por exemplo, ele for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogado (art. 145, I); ou, ainda, quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes (art. 145, III); e, também, quando ele tiver interesse no julgamento do processo em favor de qualquer das partes (art. 145, IV). Destarte, a suspeição demonstra um caráter pessoal e íntimo, vai das "concepções e sentimentos" do juiz quanto à presente causa. Aqui, ele PODE ser suspeito, ou pode ter a plena convicção que nada na causa irá  afetar sua imparcialidade.