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IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO DO JUIZ

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Qualquer dúvida ou sugestão contate meu e-mail: luizav1lel4@gmail.com 
 
Legenda 
Rosa = título ou cabeçalho 
Azul = palavra chave 
Verde = vocabulário 
Amarelo = definição 
Roxo = tópicos/sumário 
 
Laranja = coisas importantes (datas, pessoas, prazos etc.) 
 
 
Introdução 
Do juiz exige-se a imparcialidade, mesmo que não esteja expressa na constituição. Não 
pode ele ter o interesse na causa, nem ligações pessoais com os demais sujeitos do 
processo. O juiz não pode decidir uma causa ou proferir uma decisão tendo em vista um 
dos sujeitos do processo. Por ex. "o autor é gente boa, vou dar uma decisão favorável pra 
ele" ou "o réu é muito estranho, veio mal vestido, vou indeferir o que ele está pedindo". O 
julgamento não pode ser contaminado por esses preconceitos de natureza subjetiva. 
 
 
Conceito: impedimento e suspeição são "formas estabelecidas em lei para afastar o juiz 
da causa por lhe faltar imparcialidade, que é pressuposto processual subjetivo referente 
ao juiz. Enquanto a alegação de incompetência se refere ao juízo, o impedimento e 
a suspeição se referem a pessoa do juiz, que, neste incidente, é parte" (Didier Jr.). É um 
instituto processual para proporcionar a imparcialidade no processo – podendo ser usado 
tanto pelo réu (principalmente) como pelo autor. 
 
Aplicação (art. 148, I a III, NCPC) 
 
• Aos membro do Ministério Público; 
• Aos auxiliares da justiça; 
• Aos demais sujeitos imparciais do processo (o §4º do art. 148 exclui 
expressamente a disciplina deste artigo a arguição de impedimento ou suspeição 
de testemunha, eliminando a dúvida sobre a expressão "sujeitos imparciais do 
processo" alcançar, ou não, as testemunhas. 
 
Hipóteses de impedimento (art. 144) – ofensa a imparcialidade de modo mais grave. 
 
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• Casos em que o juiz já tenha figurado como outro agente processual – perito, 
membro do MP, mandatário da parte ou testemunha ; 
• Casos em que o juiz já tenha atuado em outro grau de jurisdição e proferiu 
sentença. Por ex.: juiz que acompanha o processo em primeira instancia e profere 
decisão, é promovido a desembargador no TJ; nesse caso este desembargador que 
atuou como juiz que proferiu decisão não poderá julgar o recurso – para não ferir 
o duplo grau de jurisdição; 
• Casos em que seu cônjuge/companheiro ou qualquer parente seu, consanguíneo 
ou afim, em linha reta, ou na colateral até o terceiro grau inclusive, atue 
como advogado, defensor público ou membro do MP; 
 
Obs.: o impedimento só se verifica quando o defensor, advogado ou membro já integrava 
o processo antes do momento em que o juiz faça parte do processo (§1º) 
Obs.2: o impedimento se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório 
de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a 
condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo (§3º) 
 
• Casos em que o próprio juiz, seu cônjuge/companheiro ou qualquer parente seu, 
consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na colateral até o terceiro 
grau inclusive seja parte no processo; 
• Casos em que o juiz for sócio ou membro da direção ou de administração de 
pessoa jurídica no processo; 
• Casos em que o juiz seja herdeiro presuntivo, donatário (recebeu doação) 
ou empregador de uma das partes; 
• Casos em que instituição de ensino com a qual juiz tenha relação de 
emprego (alguma faculdade que o juiz dê aula, por ex.) ou instituição resultante 
de um contrato de prestação de serviços; 
• Nos processos em que a parte for cliente do escritório de seu 
cônjuge/companheiro ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha 
reta, ou na colateral até o terceiro grau inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório; 
• Casos em que o juiz promova ação contra parte ou seu advogado. 
 
É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz (§2º) 
(arguir impedimento só pra enrolar no processo etc.) 
Obs. Art. 147 traz mais uma hipótese de impedimento: Quando dois ou mais juízes 
forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, o 
primeiro que conhecer o processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo 
se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal. 
 
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Hipóteses de suspeição – (art. 145) 
 
• Casos em que o juiz for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou do 
advogado; 
• Casos que o juiz receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes 
ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do 
objeto da causa ou que subministrar meios para atender as despesas do litigio; 
• Casos em que qualquer das partes for sua credora/devedora, ou de seu 
cônjuge/companheiro ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha 
reta, ou na colateral até o terceiro grau inclusive; 
• Casos em que o juiz for interessado no julgamento do processo em favor de 
qualquer uma das partes. 
 
O juiz poderá declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de 
declarar suas razões (não precisa justificar/dizer os motivos que ele se considera 
suspeito); 
 
Alegação ilegítima (art. 145, §2º): 
 
• Quando for provocada por quem a alega (evita que a parte crie algum fato para 
retirar o juiz da análise do seu caso, ferindo o princípio do juiz natural) 
• A parte que alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do 
arguido (se a parte teve possibilidade de se manifestar e a partir dessa 
manifestação a parte concordou com a presença do juiz, ela não poderá 
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posteriormente alegar a suspeição do juiz, diferente do impedimento, que pode ser 
arguido até o transito em julgado). 
 
 
Procedimento para arguir suspeição ou impedimento (art. 146): 
 
• No prazo de 15 dias (úteis) a contar da data do conhecimento da suspeição ou do 
impedimento, a parte alegará em petição fundamentada e específica dirigida ao 
juiz do processo, indicando a sua recusa, podendo instituí-la com documentos em 
que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. 
• O juiz irá receber e poderá reconhecer imediatamente que de fato há impedimento 
ou suspeição, remetendo os autos do processo para o juiz substituto, se não 
concordar com as alegações, determinará a autuação em apartado da petição e, 
no prazo de 15 dias apresentará suas razões, acompanhada de documentos e rol 
de testemunhas se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. - porque 
obviamente ele próprio não pode julgar isso. 
• Ao chegar no tribunal, o relator deverá atribuir ou não efeito suspensivo 
• Se atribuir efeito suspensivo ele vai ordenar paralisação do andamento do 
processo até o julgamento do incidente. Se ele não acatar o pedido de suspensão 
da arguição de suspeição ou impedimento, o processo voltara a correr. 
• Enquanto não for declarado o efeito do incidente ou quando for recebido com 
efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao juiz substituto legal. 
• Se a alegação de impedimento ou suspeição for improcedente, o tribunal rejeitá-
la-á. 
• Se a alegação for procedente, o tribunal condenaráo juiz nas custas e remetera os 
autos ao seu substituto, podendo o juiz recorrer. – se o tribunal não condenar o 
juiz nas custas, ele não poderá recorrer. 
• O tribunal fixara o momento a partir do qual o juiz não poderia ter autuado. 
• O tribunal então decretara nulidade (efeito) dos atos do juiz, se praticados quando 
já presente o motivo de impedimento ou de suspeição. 
 
Obs.: a parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição 
fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar 
nos autos (§1º). Nos tribunais, a arguição deve ser disciplinada pelo regimento 
interno (§3º). 
O juiz mandara processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo 
o arguido no prazo de 15 dias e facultando a produção de prova quando necessária. 
 
Quadro comparativo: 
Impedimento Suspeição 
Caráter objetivo Caráter subjetivo (suspeita/parece que o 
juiz será parcial no processo) 
Presunção absoluta da parcialidade 
(simplesmente não vai julgar e ponto 
final) 
Presunção relativa da parcialidade 
Cabe ação rescisória (art. 966, II) Não cabe 
 
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Curiosidade: Santista, juiz se nega a julgar caso de Arouca e atrasa liberação de 
volante 
 
 
Questões: 
 
1. Considere as seguintes assertivas: 
 
I. a suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz 
ou de propósito der motivo para criá-la; 
 
II. nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre 
si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, 
inclusive; 
 
III. o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das 
partes, se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia. É correto o que se afirma 
em 
a)III, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
2. É causa de suspeição do juiz: 
(A) inimizade em relação ao advogado do réu. 
(B) quando já foi mandatário da parte. 
(C) amizade com o advogado da parte autora. 
(D) ter interesse no julgamento da causa em favor de uma das partes. 
(E) quando seu cônjuge for advogado de uma das partes. 
 
 
 
Gabarito: 1E, 2D

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