Do ponto de vista formal a Intervenção federal é constitucional uma vez que decretada pelo Presidente da República (art. 84, X, CF), submetida ao Conselhos da República e de Defesa Nacional (art. 90, I e 91, §1º, II, CF), e aprovada pelo Congresso Nacional (art. 49, IV, CF). Ou seja, cumpriu-se o rito previsto pela Constituição para sua instituição.
Porém, do ponto de vista material, a medida é bastante questionável e a avaliação é bastante subjetiva. Isso porque não basta seguir o devido processo legislativo para decretar a intervenção. Deve estar presente um dos pressupostos que autorizam a medida. Esses pressupostos estão elencados no art. 34, CF.
Da análise do Decreto de Intervenção (Decreto 9.288/2018 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9288.htm), percebe-se que o Governo Federal indicou como pressuposto a hipótese do art. 34, III, da CF, uma norma bastante aberta e com enorme carga subjetiva que permite uma discricionariedade considerável na tomada de decisão.
Até o momento o Supremo Tribunal Federal não invalidou o Decreto, portanto, ele segue em vigor.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
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Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
X - decretar e executar a intervenção federal;
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Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
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