Respostas
De acordo com a corrente majoritária, na constância de um casamento anterior, não é possível reconhecer união estável concomitante. Assim, o que se teria é uma relação de concubinato (STJ e Maria Helena Diniz), que é considerada ilícita para fins de proteção do direito de família.
Isto posto, a seguradora não teria descoberto um "companheiro", mas um concubino, pois não seria reconhecida União Estável no presente caso e não poderia sequer ser inserido como beneficiário do seguro de vida, tampouco ratear o valor com o marido, ora beneficiário.
Entretanto, cumpre destacar que existem outras correntes minoritárias:
Flávio Tartuce (2016): presentes os requisitos da união estável e da boa-fé, deve ser reconhecida a união estável putativa, em analogia ao casamento putativo do art. 1561, do CC;
Maria Berenice Dias (2017): presentes os requisitos da união estável, ainda que paralela ao casamento, deve ser aquela união reconhecida como tal, sendo assegurados direitos como rateio de pensão por morte, seguro de vida e divisão de bens.
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