O Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG) foi o primeiro plano econômico do governo brasileiro após o Golpe Civil-Militar de 1964. Criado em meio a uma ditadura, o plano não tinha por interesse favorecer as classes baixas da sociedade brasileira, já que elas estavam impedidas de protestar contra qualquer medida governamental.
Com isso, o PAEG nasceu com o objetivo de atender a cinco focos principais:
Combater a inflação (que, em 1964, era muito alta);
Aumentar os investimentos estatais (principalmente em infraestrutura);
Reformar o Sistema Financeiro Nacional;
Diminuir as desigualdades regionais (Norte-Sul);
Atrair investimentos externos.
O período que passamos a retratar foi denominado de "O Milagre Econômico" – 1967/68 até 1973 – em função das altas taxas de crescimento do produto interno, que teve média de 11,5% a.a.
No início do ano de 1967, o Presidente Castelo Branco é substituído, pelo também general do exército, Arthur da Costa e Silva. Para comandar a economia, são nomeados Antônio Delfin Neto – Ministério da Fazenda – e Hélio Beltrão – Ministério do Planejamento.
Os militares no poder não davam sinais para a retomada da redemocratização do país e precisavam de sustentabilidade para o regime implantado com o golpe de 31 de março de 1964. Então, o crescimento econômico era primordial para justificar o projeto de poder deste governo autoritário, não importando o preço que fosse necessário pagar.
A nova equipe econômica, liderada por Delfin Neto, apresentou novo diagnóstico para inflação, que antes era tratada basicamente como de demanda, e neste período passa a ter o componente "custos" como fator preponderante, principalmente os custos financeiros – as empresas captavam recursos a custos altos e repassavam estes custos ao preço final.
A equipe econômica do PAEG – de Campos e Bulhões – direcionava seu arsenal para o combate à demanda agregada. As políticas monetária, fiscal e creditícia reduziram a capacidade de compra, da população, e de investimentos, das empresas. Com o novo diagnóstico a leitura era que estas ações alimentavam os preços finais, via aumento dos custos de produção.
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Economia Brasileira Contemporânea I
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