Partindo da premissa de que a ordem constitucional em vigor estabelece o princípio da presunção de inocência (CF/88) pergunta-se: é possível fixar-se uma prisão no curso do processo e da investigação sem que o aludido princípio seja violado? Caso seja possível, em que condições tais prisões se compatibilizaram com a ordem constitucional vigente?
Primeiro deve ser afirmado que nenhum princípio é absoluto muito menos o princípio da inocência. Desse modo, é possível fixar uma prisão cautelar (preventiva - no curso do processo ou na investigação, ou temporária - no curso da investigação) para garantir que a persecução penal terá o fim desejado sem coação por parte do acusado. Essa prisão para ser de acordo com a ordem Constitucional deve estar pautada no artigo 312 do Código de Processo Penal que dispõe:
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o).
Diante disso, por exemplo, se o delegado de polícia civil verificar que há prova de materialidade e indícios de autoria que A matou B e que aquele pratica constantemente o mesmo crime na região o delegado pode representar ao juiz pela prisão preventiva para a Garantia da Ordem Pública.
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