Como ocorre o timpanismos?

Gasoso: gás livre na cavidade. 

• Causado geralmente por uma obstrução.

o Laranja, maçã, etc ou actinobacilose (carcinoma obstrui)

• Pode acontecer por alimentação com concentrado em animais desacostumados. Geralmente acomete só um animal da propriedade.  
• Sinais: dilatação do flanco, cabeça estendida, ausculta hipertimpânica, dispneia (pois ocorre compressão das vísceras respiratórias).
• Obstrução impede a eructação, que interfere nas vias nervosas. Isso retém gás, alterando o Ph ruminal e causando o timpanismo gasoso.

Espumoso:  gás acumulado em bolhas. 

• Causado por dietas com alto concentrado que são acostumados com concentrado.
• Geralmente, mais de um animal
• Alimentos: leguminosas e grãos
• Sinais: ausculta hipertimpânica, dilatação, dispneia, dilatação, cólica, taquicardia.  
• Dieta de leguminosas, onde se ingerem as proteínas solúveis das folhas, liberando uma espuma rica em cloroplastos. Ocorre captura das células das folhas, fazendo a liberação dos cloroplastos. As partículas agora livres de cloroplastos aprisionam o gás dentro de bolhas, deixando espuma bloqueando a cárdia evitando a eructação. 
• Também pode estar relacionado com a pectina e saponina, que são estruturas presentes em forrageiras que dão estabilidade às bolhas. 

Sonda: se passa a sonda para verificar se é espumoso ou gasoso. Se determina:

1. Tubo não passa: timpanismo gasoso, há obstrução esofageana. 
2. Tubo passa com dificuldade e libera gás: compressão esofageana por tumor ou inflamação.
3. Tudo passa facilmente, mas libera gás: estase (obstrução da cárdia) ou baixa de microrganismos (por fermentação ou hipocalcemia). 
4. Tubo passa facilmente e sem liberar gás: timpanismo espumoso por dieta rica em concentrado. 

Tratamento: 

• Remover obstrução
• Ruminotomia em casos graves
• Trocarte ou canula em emergência
• Timpanismo espumoso: antiespumantes como óleo mineral ou polaxeno + catárticos (sulfato de magnésio) + bicarbonato. 
• Timpanismo gasoso: principalmente a sonda.  Controle: 
• Manejo estratégico: diminuir a taxa de fermentação do rumen. 
• Forragens: 50% leguminosa, 50% gramíneas – observar se animais tem pastejo seletivo. 
• Manejo de pastoreio: previamente com feno grosseiro. Utilizar cerca elétrica para delimitar o pastejo em piquetes com a vegetação desejada. 
• Uso de monensina em cápsulas: ainda é proibida no Brasil, mas seria bom porque a monensina vai sendo liberada aos poucos. Isto porque, em altas quantidades, a monensina pode matar os protozoários (que são essenciais para a digestão de celulose). O ideal em se utilizar da monensina é porque a mesma tira a estabilidade da espuma, além de atuar no metabolismo de carboidrato evitando acidose. 
• Agentes anti-espumantes: óleos e gorduras, especialmente o óleo mineral. A melhor maneira é acrescentar na ração. O ideal é utilizar a gordura protegida: dissolve apenas no intestino, não causando outros problemas no animal. 
• Sal: aumentar o sal ajuda, pois aumenta o consumo hídrico dos animais. 
  
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