José, interessado em vender um imóvel de sua propriedade, celebrou com Maria contrato de mandato, outorgando-lhe, por instrumento particular, uma procuração com poderes para alienar, receber, dar quitação, assinar contrato de compra e venda por instrumento particular e a respectiva escritura pública.
José combinou com Maria que o valor da venda não poderia, de forma alguma, ser inferior a R$ 150.000,00, orientação esta, entretanto, que não constou da procuração, para não prejudicar as estratégias de negociação com terceiros. Após alguns dias, Maria, ansiosa para celebrar logo a venda, firmou com Antônio Promessa de Compra e Venda tendo por objeto o imóvel de José, pelo valor de R$ 100.000,00, pois Maria não teve de imediato nenhuma outra proposta por valor superior. Pergunta-se:
a) A compra e venda é oponível a José?
b) Poderá Maria firmar a escritura pública de compra e venda?
a) Sim. Maria não excedeu os limites do mandato, embora contrariando as instruções verbais de José. Este, por sua vez, pode pleitar perdas e danos em face da mandatária (CC art. 679).
b) Não, pois a procuração foi outorgada por instrumento particular. Como o ato a ser praticado exige a forma pública, o mandato sujeita-se a mesma forma (CC art. 657).
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Direito Constitucional; Direito Empresarial
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