Revogação (contraordem) e sustação (oposição)
O emitente pode dar uma contraordem, isto é, revogar a ordem dada, impedindo que o banco efetue o pagamento do cheque. Para tanto, o emitente deve comunicar o banco da sua intenção, indicando os motivos do seu ato (Lei no 7.357/85 – art. 35), não cabendo, porém, ao banco discutir os motivos apresentados. Nos casos de furto, roubo ou extravio, exige-se a apresentação de boletim de ocorrência policial (Resolução nº 3.972/2011 – BACEN). Essa contraordem, que é exclusiva do emitente, só produz efeitos após o prazo de apresentação de cheque (30 ou 60 dias a contar da sua emissão). Ela até pode ser feita dentro do prazo de apresentação, mas só produzirá efeitos depois desse prazo.
Sustação ou oposição
Nesta hipótese, tanto o emitente como os legítimos possuidores podem sustar o cheque e os efeitos serão imediatos. A sustação e a contraordem se excluem reciprocamente. A sustação deverá ser requerida por escrito, admitindo-se a oposição por meio eletrônico, desde que confirmada nos dois dias úteis seguintes. Em qualquer caso, ela deve ser fundada em relevante razão de direito (Lei no 7.357/85 – art. 36), não cabendo ao banco discutir a veracidade do motivo apontado. São exemplos de relevantes razões de direito a emissão do cheque mediante dolo ou coação, ou mesmo o descumprimento contratual do credor (desacordo comercial). Nos casos de furto, roubo ou extravio, exige-se a apresentação de boletim de ocorrência policial (Resolução 3.972/2011 – CMN). Em todo caso, é possível também a sustação provisória, que impede imediatamente o pagamento do cheque, mas deve ser confirmada pela pessoa que sustou o cheque.
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