As células de E. coli apresentam bacilos com as extremidades arredondas , mas podem alterar sua morfologia sob diferentes condições ambientais.
Como os demais coliformes são bactérias Gram-negativas .
As linhagens de E. coli são geralmente móveis pela presença de flagelos peritríquios presentes em toda a periferia celular.
Podem apresentar dezenas de tipos diferentes de fímbrias (curtos pelos de adesão) que aderem especificamente a determinados receptores.
Algumas linhagens apresentam cápsula ou uma camada limosa em torno das células importantes na formação de biofilmes
Fisiologia:
A E. coli é uma bactéria anaeróbia facultativa, vivendo tanto na presença quanto na ausência de oxigênio, fermentando carboidratos como a lactose com a produção de ácido e de gás, sendo esta a base de alguns métodos para sua detecção em água e em alimentos.
Prolifera melhor em temperaturas em torno de 36ºC (mesófila), mas é classificada como um coliforme termotolerante, pois consegue proliferar em cultura em temperaturas de 45ºC que é comum no intestino de animais de sangue quente.
É uma bactéria neutrofílica, proliferando melhor em pH próximo à neutralidade, mas sobrevive em solo, na água e em alimentos ácidos por ser capaz de gerar compostos básicos a partir da degradação de aminoácidos.
Patogenia:
A E. coli causa uma variedade de infecções em humanos como meningite em crianças, infecções urinárias, infecções de feridas e infecções gastrointestinais.
Existem pelo menos seis grupos diferentes de E. coli enteropatogênicas (causadores de doenças gastrointestinais em humanos) que são veiculadas pela água e alimentos.
Elas recebem denominações específicas: Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enteropatogênica
(EPEC), E. coli enterohemorrágica (EHEC), E. coli enteroinvasiva
(EIEC), E. coli enteroagregativa (EAEC) e E. coli difusamente adesiva (DAEC) que apresentam diferentes mecanismos de agressão ao sistema gastrointestinal.
Os sorotipos mais relatados em doenças de veiculação hídrica pertencem aos grupos das ETEC, EHEC e EIEC.
Os surtos por EHEC são os que geram maior preocupação devido à severidade dos quadros clínicos e potenciais sequelas resultantes da infecção.
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