O Neokantismo, diz que de fato há relação entre as duas categorias jurídico-penais. Para o modelo Neoclássico, todo tipo penal é “tipo-de-injusto”, porque descreve um fato (típico) que é proibido pelo Direito Penal. Entende-se por “injusto” a combinação de tipicidade e antijuridicidade.
Segundo a doutrina neokantista, o legislador, em primeira mão, percebe a necessidade de proibição para certa conduta, para depois estabelecer o fato como crime. Assim, ele “enxerga” primeiro a antijuridicidade, e depois, a tipicidade.
Por sua vez, o julgador, que já tem como base a lei, “enxerga” primeiro a tipicidade, e depois, a antijuridicidade. Daí o vínculo entre as categorias jurídico-penais, eis que todo o tipo é, como visto, tipo-de-injusto (comportamento tipificado e antijurídico), sendo que já foi programado, desde a elaboração da lei, como uma conduta em tese (potencialmente e normalmente) antijurídica.
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