Qual a importância das junções comunicantes e ramificações celulares no sincício atrair e ventricular

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O miocárdio funcional pode ser considerado como uma rede tridimensional de elementos excitáveis acoplados. Nesta rede, a velocidade e a segurança da propagação da excitação dependem das propriedades ativas e passivas dos elementos individuais e da conectividade da rede. Entre as propriedades passivas, as junções comunicantes desempenham um papel fundamental, porque, em última análise, determinam a quantidade de corrente despolarizante que passa das regiões excitadas para as não excitadas da rede. Desse modo, eles atuam como importantes determinantes da velocidade e segurança desse processo.

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As junções comunicantes desempenham um papel fundamental para a velocidade e a segurança da propagação do impulso no tecido cardíaco. Em condições fisiológicas, a distribuição subcelular específica das junções comunicantes, juntamente com o empacotamento rígido dos cardiomiócitos em forma de bastão, é subjacente à condução anisotrópica, que é contínua na escala macroscópica. No entanto, ao dividir a rede tridimensional de células em cadeias lineares de célula única, as junções comunicantes podem ser mostradas para limitar o fluxo de corrente axial e para induzir a condução "saltatória" a velocidades de condução globais inalteradas. Em tecidos bidimensionais e tridimensionais, essas descontinuidades desaparecem devido à média lateral do fluxo de corrente despolarizante na frente de onda de ativação. Durante o desacoplamento da junção comunicante, as descontinuidades reaparecem e são acompanhadas por condução lenta e sinuosa. 

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Fonte:https://academic.oup.com/cardiovascres/article/62/2/309/316416

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12062332

(acessados em 24/09/18)

As junções comunicantes, também chamadas de junções gap ou nexos, são estruturas que permitem a comunicação entre células através de conexinas (proteínas pertencentes a cada uma das células e que as atravessam). Através desse tipo de junção, substâncias celulares como, por exemplo, íons, podem passar de célula para célula, fazendo com que grupos celulares formem um conjunto funcional.

As fibras musculares cardíacas são atravessadas por discos intercalares (membranas celulares que separam as células individualmente) que conectam as células cardíacas em série. Este sistema torna o músculo cardíaco um sincício, onde o estímulo se propaga de uma célula para outra com muita facilidade.

As junções comunicantes representam a área de duas membranas ligadas por conexónios, tubos hexagonais, formando poros de 2nm de diâmetro entre duas células. A proteína major é a conexina. As conexinas juntam-se em complexos de seis unidades, a conexão. Os conexónios de duas celulas encostam-se um ao outro formando assim uma junção atravessada por um poro ligando o citoplasma das duas células.

No músculo cardíaco sua principal função é a condução de impulsos elétricos ao ventríluco.

JUNQUEIRA, Luiz C. & CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular. 8ª ed. Editora Guanabara Koogan, 2005.

Fisiologia cardíaca, link: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/fisiologia-cardiaca/37831 >, visto em: 23/09/2018.

Junções celulares, link: < http://textos-fisiopatologia.blogspot.com/2013/05/juncoes-celulares.html >, visto em: 23/09/2018.