Quais são as alterações histológicas do infarto?

 As áreas de infarto do miocárdio com menos de 12 horas geralmente não são visíveis ao exame macroscópico. Contudo, em muitos casos é possível realçar a área de necrose que surge primeiro após 2 a 3 horas do infarto por meio de imersão dos cortes de tecido em uma solução de cloreto de trifeniltetrazólio (TTC), que dá uma cor vermelho-tijolo ao miocárdio intacto não infartado, já uma área infartada apresenta-se como uma zona pálida e não corada. Dentro de 12 a 24 horas, a área do infarto pode ser identificada nas fatias macroscópicas fixadas de modo rotineiro devido à coloração vermelho-azulada provocada pelo sangue aprisionado e estagnado. A área do infarto vai tornando-se amarelo-acastanhada e um pouco amolecida, e dentro de 10 dias a 2 semanas é margeada por uma zona hiperêmica do tecido de granulação altamente vascularizado e posteriormente evolui para uma cicatriz fibrosa.
 

O infarto do miocárdio, comumente conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando o fluxo sanguíneo diminui ou para uma parte do coração, causando danos ao músculo cardíaco. O sintoma mais comum é dor ou desconforto no peito que pode viajar para o ombro, braço, costas, pescoço ou mandíbula. 

Frequentemente ocorre no centro ou no lado esquerdo do peito e dura mais do que alguns minutos. O desconforto pode ocasionalmente parecer azia. Outros sintomas podem incluir falta de ar, náusea, sensação de desmaio, um suor frio, ou se sentindo cansado. 

Um infarto pode causar insuficiência cardíaca, batimentos cardíacos irregulares, choque cardiogênico ou parada cardíaca. A maioria dos infartos ocorre devido a doença arterial coronariana. Os fatores de risco incluem pressão alta, tabagismo, diabetes, falta de exercícios, obesidade, colesterol alto, dieta inadequada e consumo excessivo de álcool, entre outros. 

O bloqueio completo de uma artéria coronária causada por uma ruptura de uma placa aterosclerótica geralmente é o mecanismo subjacente de um infarto do miocárdio. Diversos testes são úteis para ajudar no diagnóstico, incluindo eletrocardiogramas, exames de sangue e angiografia coronariana. 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/infarto