Qual a diferença entre imunidade e isenção para o Direito Tributário?

Imunidade é uma proteção que a Constituição Federal confere aos contribuintes. É uma hipótese de não incidência tributária constitucionalmente qualificada.

Quanto a isenção, para alguns autores é uma hipótese de não-incidência legalmente qualificada. Para outros se trata de uma exclusão do crédito tributário, pois embora tenha acontecido o fato gerador do tributo (haja incidência), o ente tributante está impedido de constituir e cobrar o crédito tributário.

Ressalte-se que o só podemos falar em isenção se houve o exercício da competência tributária.

A imunidade tributária trata da dispensa de tributo em razão dos valores neles inseridos. Por exemplo, nos termos do art. 150, VI, "d", CF, é vedado instituir impostos sobre "livros, jornais, períodicos e o papel destinado a sua impressão". Significa dizer que, essa imunidade de imprensa, é em razão da manifestação da liberdade de expressão, um valor de direito constitucional. É extensivo também ao conceito de "papel", leitores digitais, uma vez que há uma plataforma para leitura. A imunidade não pode ser desfeita.

No que se refere à isenção, somente lei poderá concedê-la. Alguém só pode requerer a isenção se houver lei determinando a exclusão de um tributo, ao que se refere a obrigação principal, não a acessória. A isenção pode ser revogada, e não sugere direito adquirido quando não onerosa e geral. Exemplo: algumas pessoas físicas são isentas de pagamento do imposto de renda. Contudo, essa condição pode ser modificada se assim a União definir. Ser isento desse imposto não faz com que a pessoa física deixe de cumprir com as obrigações acessórias, pois, se o Fisco, a qualquer tempo, quiser verificar se a pessoa é realmente isenta, ela deverá ter a documentação necessária para comprovar, a fim de que continue nessa condição.

Imunidade - limitação/vedação ao poder de tributar

Isenção - causa de exclusão do crédito tributário

Imunidade tá na constituição; isenção tá na lei.