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DIREITO TRIBUTÁRIO I CURSO DE DIREITO FACULDADE 05 DE JULHO PROF.ª: YANA BRUNA TRIBUTO X IMPOSTO Tributo é a família, o gênero. Imposto é a espécie. Os tributos se dividem em cinco (TEORIA PENTAPARTIDA), são eles: • Imposto; • Taxa; • Contribuição de melhoria; • Empréstimo compulsório • Contribuições especiais LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA O CTN é formalmente uma Lei Ordinária, mas foi recepcionado pela CF/88 com status de Lei Complementar, uma vez que a matéria tratada nele é reservada à Lei Complementar. O art. 3° do CTN define o tributo como sendo OBRIGATÓRIO (compulsório) e isso advém do PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (art. 5° da CF/88): “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei.” A legislação que versa sobre a matéria tributária em geral, ou seja, o CTN deve ter, OBRIGATORIAMENTE, status de LEI COMPLEMENTAR, por força do artigo 146, III da CF/88. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA No entanto, a instituição de novos tributos, EM REGRA, pode ser feita por lei ordinária ou medida provisória, com exceção dos novos impostos, empréstimos compulsórios, novas contribuições sociais e imposto sobre grandes fortunas –IGF. REGRA: tributo deve ser pago em moeda corrente. EXCEÇÃO: a base de cálculo pode ser em moeda estrangeira, convertida em moeda corrente (exemplo: imóvel alugado no exterior, cujo aluguel é recebido em dólar. Para declarar imposto de renda, esse valor poderá ser convertido em real). REGRA: tributo deve ser pago em dinheiro. EXCEÇÃO: Dação em pagamento de bem imóvel. OBSERVAÇÃO • Tributo não é multa, mas o não- pagamento dele enseja juros e multa, uma vez que é OBRIGATÓRIO e o seu inadimplemento gera penalidade (que é a multa), já os juros são a remuneração do capital. TEORIAS • TEORIA TRIPARTIDA: prevista apenas pelo CTN, antes do advento da CF/88. Prevê apenas três espécies tributárias: 1. impostos; 2. Taxas; 3. Contribuições de melhoria • TEORIA PENTAPARTIDA QUÍNTUPLA: adotada no ordenamento jurídico brasileiro depois do advento da CF/88, acrescentando outras duas espécies tributárias: 1. Empréstimo compulsório; 2. Contribuições especiais Art. 4° do CTN • Segundo o CTN, o que diferencia o tributo é o fato gerador, sendo irrelevante o nome e a destinação. Logo, tal definição não se aplica à teoria quintapartida, somente à teoria tripartida, uma vez que, no caso das contribuições especiais e do empréstimo compulsório (acrescidos pela CF/88), a destinação do imposto é de suma relevância, devendo ele ser aplicado naquilo que foi proposto, no ato de sua instituição. CLASSIFICAÇÕES DOS TRIBUTOS: • PESSOAIS: leva em consideração as características do contribuinte (IR) • REAIS: a base é o valor da coisa (IPTU, IPVA, ICMS) • INDIRETOS: fracionados em cadeia econômica (fabricante, atacadista, lojista, consumidor final) – ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS • DIRETOS – incidência única, não-fracionada (IR, ITBI, ITCD, IPVA) Contribuinte de direito Contribuinte de fato CLASSIFICAÇÕES DOS TRIBUTOS: • VINCULADOS QUANTO AO DESTINO: possuem uma finalidade determinada (contribuições sociais, empréstimo compulsório). Também chamados de retributivos, bilaterais, contra prestacionais ou sinalagmáticos). • NÃO-VINCULADOS QUANTO AO DESTINO: sua destinação é o caixa geral. Finalidade não determinada. (IPVA, IPTU, ITBI) • VINCULADOS QUANTO À INCIDÊNCIA: requer uma ação do Estado, que pode, inclusive, ser prévia (contribuição de melhoria e taxas) • NÃO-VINCULADOS QUANTO À INCIDÊNCIA: independe de ação do Estado (impostos em geral) FUNÇÃO DOS TRIBUTOS • FISCAL: visa tão somente a arrecadação (ITBI, IPVA, IPTU). • EXTRA-FISCAL: têm função regulatória, como ocorre com os reguladores de mercado: II, IE, IOF, IPI. • PARA-FISCAL: quando as funções de fiscalização são delegadas a outras entidades (CRM, CRC, CREA, SESI, SESC, SENAI). ATENÇÃO: OAB é sui generis, portanto, a anuidade NÃO é tributo. Eficácia imediata (a partir da publicação no D.O.U. Deve aguardar 90 dias. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS • IMPOSTOS: art. 16 do CTN - gastos de acordo com a CF/88 e com a lei orçamentária. Alcançam renda, patrimônio, receita e circulação econômica de bens e/ou de serviços. • TAXAS: a União, os Estados, o DF e os Municípios poderão instituir taxas em razão de utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. Ou seja, em razão do poder de polícia (fiscaliza/limita – alvará para construção de imóvel) ou para remunerar serviço público. Porém, tal serviço tem que ser específico (prestado a determinada pessoa ou grupo de pessoa) E divisível (possibilidade de identificar os usuários separadamente), efetivo (utilizado) OU potencial (colocado à disposição). ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS OBSERVAÇÃO: Não se pode cobrar taxa sobre impostos. Por exemplo: um imóvel tem incidência de IPTU, certo? Não se pode, então, instituir uma taxa de coleta de lixo, por exemplo, sobre o valor do IPTU. Logo, os impostos não podem ser usados como base de cálculo para a cobrança de taxa. • CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: valorização imobiliária, a partir de uma obra pública. O fato gerador é a valorização e, não, a obra. A soma do total pago a título de contribuição de melhoria não pode ser maior do que o valor gasto pelo governo. Pode ser menor, mas não pode ser maior. OBS.: O limite individual da cobrança de contribuição de melhoria é de 3% do acréscimo de valorização, ou seja, se o imóvel valia R$200.000,00 e com a obra pública passou a valer R$ 300.000,00, o governo só pode cobrar anualmente 3% sobre R$100.000,00 , que corresponde à quantia de valorização do imóvel, na época da cobrança. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS • EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: artigo 148 da CF/88 – é de competência exclusiva da União e é restituível em dinheiro. Só podem ser criados em caso da calamidade pública, guerra externa ou investimento público de caráter urgente. Somente se aplica imediatamente no caso de guerra externa ou calamidade pública. • CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: têm destino específico, é finalístico. Podem ser sociais, de intervenção no domínio econômico ou corporativas. • ART. 149-A da CF/88: CIP OU COSIP (sui generis) – tem destinação específica e compete ao DF ou Municípios. • As contribuições da seguridade social destinadas ao regime próprio de previdência dos servidores públicos dos demais entes federados também não têm competência exclusiva da União. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS PRINCÍPIOS dizem quanto, quando e como cobrar e IMUNIDADE impede a cobrança de tributos em determinados casos. • PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (art. 150, CF) pode ser ampla ou estrita, formal ou material. Ampla: não se pode fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei. Estrita: todo tributo depende de lei. Formal: depende de ato do poder legislativo (criação). Material: os aspectos do tributo devem ser previstos por lei. REGRA GERAL: Todo tributo depende de lei (em geral, lei ordinária), em situações excepcionais, por lei complementar (impostos residuais – novos impostos, IGF, empréstimos compulsórios, contribuições residuais (novas). A medida provisória pode editar impostos reservados à lei ordinária e deve observar os requisitos de relevância e urgência. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Exceções à legalidade: II, IE, IPI, IOF podem ter alíquotas alteradas por atos do poder executivo (decreto, portaria do Ministério da Fazenda, resolução da Camex). No caso da CIDE – combustível e ICMS - combustível, as alíquotas podem ser reduzidas ou restabelecidas por Convênio do CONFAZ, já a base de cálculo pode apenas ser ATUALIZADA, respeitando o ICM (índice de correção monetária) em vigor. Se for para majorar, tem que ser por meio de lei. • PRINCÍPIO DA IGUALDADE OU ISONOMIA (art. 5°, CF)– veda a discriminação entre equivalentes, devendo ser respeitada a capacidade contributiva. Exemplo: SIMPLES Nacional. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS• PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (art. 150, III, CF): Não se pode cobrar tributo de fato gerador ocorrido antes da vigência da lei que o criou. Reforça a segurança jurídica. • Principio da capacidade contributiva: Encontra-se inserido no art. 145, § 1º da CF- Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esse objetivo https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10672339/artigo-145-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10672148/par%C3%A1grafo-1-artigo-145-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS • Principio da vedação ao confisco (art. 150, IV, CF): Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios IV – utilizar tributo com efeito de confisco. Entende-se que o Estado, de modo geral, está proibido de instituir tributo que ultrapasse o patrimônio pessoal do contribuinte, promovendo uma expropriação indireta. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/642045/artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10670542/inciso-iv-do-artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS • Principio da uniformidade geográfica (art. 151, CF): Trata-se de um principio de veda a diferenciação da tributação por critérios notadamente geográficos, portanto, em todo o território nacional, os tributos deverão ser aplicados da mesma forma. • Principio da liberdade de tráfego (art. 150, V, CF): Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V- estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Conforme se constata no texto normativo acima, é protegido o contribuinte de ser cobrado por quaisquer entes federativos, impostos devido ao trafego de pessoas ou bens (fato gerador), salvo no caso de cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo ente público, daí neste caso ser a exceção cobrar pedágio, entre estados ou mesmo entre municípios. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/642045/artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10670518/inciso-v-do-artigo-150-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Slide 1: DIREITO TRIBUTÁRIO I Slide 2: TRIBUTO X IMPOSTO Slide 3: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Slide 4: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Slide 5: OBSERVAÇÃO Slide 6: TEORIAS Slide 7: Art. 4° do CTN Slide 8: CLASSIFICAÇÕES DOS TRIBUTOS: Slide 9: CLASSIFICAÇÕES DOS TRIBUTOS: Slide 10: FUNÇÃO DOS TRIBUTOS Slide 11: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS Slide 12: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS Slide 13: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS Slide 14: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Slide 15: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Slide 16: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Slide 17: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Slide 18: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Slide 19: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
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