medida socioeducativa, não se pode negar o seu caráter repressivo, ... Neste sentido é que se defende que à prática de ato infracional . Se a prescrição penal é instituto de benefício ao réu e é aplicada ao ato infracional, assim também deve ser reconhecida a incidência do princípio da insignificância.
Sim.
O STF decidiu da seguinte maneira quando instado a se manifestar sobre o tema:
Em face da peculiaridade do caso, a Turma indeferiu habeas corpus no qual se pleiteava a aplicação do princípio da insignificância a menor acusado pela prática de ato infracional equiparado ao delito tipificado no art. 155, parágrafo 4º, IV, do Cídogo Penal, consistente na subtração de uma ovelha no valor de R$ 90,00 (noventa reais). Na espécie, magistrada de primeira instância rejeitara a inicial da representação com base no citado princípio, tendo tal decisão, entretanto, sido cassada pelo tribunal local e mantida pelo STJ. Sustentava a impetração que a lesão econômica sofrida pela vítima seria insignificante, tomando-se por base o patrimônio desta, além de ressaltar que não houvera ameaça ou violência contra a pessoa.
Preliminarmente, observou-se que esta Turma já reconhecera a possibilidade de incidência do princípio da insignificância em se tratando de ato praticado por menor (HC 96520/RS, DJE de 24.4.2009). Na presente situação, assinalou-se que não se encontraria maior dificuldade em considerar satisfeitos os requisitos necessários à configuração do delito de bagatela, quais sejam, conduta minimamente ofensiva, ausência de periculosidade do agente, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e lesão jurídica inexpressiva.
HC 98381/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20.10.2009. (HC-98381)
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