Haverá coisa julgada material sempre que o juiz encarar o mérito da coisa , ou seja quando o juiz julgar baseado no artigo 269 do CPC :
Art. 269. Haverá resolução de mérito (1): (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
III - quando as partes transigirem; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973)
Agora para conbater a coisa julgada material existe a Ação Rescisória , mas ela só poderá ser usado se houver atingido alguns dos dispositivos em comento :
Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado pode ser rescindida quando :
I- se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II- proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
III- resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei );
IV- ofender a coisa julgada;
V- violar literal disposição de lei ;
VI- se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória;
VII- depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável
VIII- houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a sentença;
IX- fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa;
§1º. Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido.
§2º. É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato.
Espero ter ajudado !
A coisa julgada material possui, em suma, dois efeitos: positivo e negativo.
O efeito negativo impede que a questão principal já definitivamente decidida seja objeto de novo julgamento como questão principal em outro processo. Ele dá azo à EXCEPTIO REI JUDICATIO.
O efeito positivo determina que a questão principal decidida e transitada em julgado, se retornar ao judiciário como QUESTÃO INCIDENTAL, NÃO POSSA SER DECIDIDA DE MODO DISTINTO daquele como o foi no processo anterior, em que foi questão principal. O efeito positivo da coisa julgada gera, portanto, a VINCULAÇÃO DO JULGADOR DE OUTRA CAUSA AO QUANTO DECIDIDO NA CAUSA EM QUE A COISA JULGADA FOI PRODUZIDA. Exemplo constante de manifestação do efeito positivo da coisa julgada ocorre na fase de liquidação de sentença: o magistrado não pode desrespeitar o que já decidido, deve-se ater ao que está contido no comando da norma indidual colocada no dispositivo.
A função da coisa julgada é, pois, dúplice: de um lado, define, vinculativamente, a situação jurídica das partes; de outro lado, impede que se restabeleça, em outro processo, a mesma controvérsia. Em virtude da primeira função, não podem as partes, unilateralmente, escapar aos efeitos da declaração jurisdicional; por decorrência da segunda, cabe a qualquer dos litigantes a exceptio rei iudicatae, para excluir novo debate sobre a relação jurídica decidida.
Enquanto a exceptio rei judicatio é forma de defesa a ser empregada pelo demandado, o efeito positivo da coisa julgada pode ser fundamento de uma segunda demanda. Assim, A COISA JULGADA RELATIVA À QUESTÃO PRINCIPAL NUM PROCESSO VINCULA O JULGADOR DE OUTRO, QUANDO ELA FOR SUSCITADA COMO QUESTÃO INCIDENTAL.
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