Buscar

caso concreto 13 e 14- coisa julgada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Direito Processual Civil II
Lays Machado
Coisa julgada
Casos 13 e 14
Questão Discursiva
 Joana está muito feliz pois foi informada por seu advogado do trânsito em julgado de sua sentença. Ela obteve uma sentença condenatória e também declaratória, referente à problemas de cumprimento contratual com Fábio. O réu foi condenado a pagar toda a quantia que lhe devia e ainda foi resolvida uma questão prejudicial que acabou surgindo nos autos após a resposta do réu, que realizou defesa indireta de mérito, suscitando nulidade de cláusulas contratuais referentes justamente ao tempo e modo de pagamento. No entanto, como Joana está cursando graduação em Direito, ficou com dúvida a respeito do conteúdo declaratório da sentença e seus efeitos após o trânsito em julgado. Seu advogado informou que de fato, apesar da vitória no caso, a coisa julgada só abrangeria o pedido formulado na petição inicial, pois eles não demandaram por ação declaratório incidental quando deveriam, no momento de manifestação sobre a contestação ofertada. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a orientação do advogado? 
Não, de acordo com CPC/15, a questão prejudicial será alcançada pela autoridade da coisa julgada, preenchendo os requisitos do art. 503, § 1° incisos I, II, III de forma cumulativa. Então se o fato for controvertido, influenciar no resultado da lide, e tiver tido o contraditório sem a revelia aplica-se a questão de prejudicial na coisa julgada. Não se aplica se houver restrições probatórias. 
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
O caso trata de coisa julgada material, pois resolveu o mérito da causa. Nesta situação é imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso, conforme prevê o artigo 502 do CPC\15. 
1ª Questão Existe coisa julgada material em sede de ação civil pública ( Lei 7347/85) 
xxa) Sim. Trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado. (art. 16 da 7347-85)
b) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande. 
c) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido. 
d) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral. 
2ª Questão A coisa julgada é oponível: 
a) em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão. 
b) em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito líquido e certo.
xx c) em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira hora em que parte fala nos autos, sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros danos processuais. 
d) apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1a instância
Questão Discursiva 
Marcelo foi réu em ação judicial movida pela Concessionária Auto Novo S.A onde foi proferida sentença de procedência total do pedido autoral. Augusto conseguiu a condenação de Marcelo ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por danos materiais sofridos em razão de uma briga generalizada provocada por Marcelo dentro do estabelecimento comercial da parte autora, após negativa de crédito quando o réu tentava adquirir um veículo financiado. Após a sentença, houve recurso de Apelação que apesar de admitido, não teve provimento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, sendo mantida a sentença de mérito. Não houve mais recurso e ocorreu o trânsito em julgado e após 2(dois) meses, a Concessionária Auto Novo S.A. iniciou a fase de execução do julgado em face de Marcelo. Neste meio tempo, Marcelo descobre que o juiz do caso é amigo íntimo dos sócios da Concessionária Auto Novo S.A e pergunta a seu advogado se existe alguma possibilidade de se reverter a decisão transitada em julgado e obtém resposta negativa, em razão da formação de coisa julgada material nos termos da lei processual civil em vigor que visa justamente garantir o mínimo de segurança jurídica aos jurisdicionados. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A coisa julgada material realmente não pode ser atacada no caso concreto ?
A coisa julgada não poderá ser atacada. O caso trás uma questão de suspeição, não impedimento, que se fosse o caso e preenchesse os requisitos, poderia ser atacado por ação rescisória. 
 b) A autoridade da coisa julgada material afeta toda a sentença proferida que não esteja sujeita a recurso. Indaga-se: 
Não, embora o CPC/15 ampliou o rol de decisões que cabe ação rescisória, ainda não é possível para sentenças meramente homologatórias, bem como outras hipóteses que possuem ações próprias para a solução. 
Questões Objetivas 1ª Questão Não fazem coisa julgada material: 
xxxa) os motivos e a verdade dos fatos no processo. (art. 504 I e II, CPC)
b) a questão incidental, ainda que decidia pelo juiz após contraditório. 
c) os resultados de laudos de provas periciais.
 d) as sentenças que resolvem o direito material. 
2ª Questão A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que: 
a) Não vigora e não se aplica ao nosso direito teorias de relativização da mesma. 
b) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC.
xx c) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados. 
d) Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição.

Outros materiais