A norma especial terá prevalecencia sobre a geral, quando for mais detalhada.
Olhando o artigo 12 do código penal dispõe que a regra geral se aplica na legislação especial para fatos incriminadores, quando não houver discordância, havendo assim o entendimento que a prevalência da norma especial sempre vigora e derroga a norma geral.
Podemos até citar como exemplo, o Estatuto do Idoso, em seu artigo 102 que fala sobre apropriar-se de bens ou desviar os bens de qualquer outros rendimentos dos idosos, terá pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Enquanto no Código Penal, em seu artigo 168, que fala sobre apropriação de bens módeis de quem tem posse ou a detem, tem pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Exemplificando, é que o elemento objetivo "apropriar", de ambos os institutos são extremamente iguais, o que em tese muda, é que o Estatuto do Idoso passou a tutelar o objeto jurídico das pessoas consideradas em estado de vulnerabilidade que são os idosos.
Em observância a pena cominada é a mesma, porém o Estatuto do Idoso tratou com mais especificidade a conduta incriminadora contra o idoso.
A questão do princípio da especialidade se vale mais pelo aspecto "força" e "especificidade", e não de subsidiariedade naquilo que for omisso.
Leis gerais são leis que tratam de uma imensa gama de situações genéricas e atingem um número indeterminado de pessoas. Um exemplo de lei geral é o Código Civil.
Já as leis especiais tratam de temas específicos, regulam matér.ias com critérios particulares e se destinam a um determinado grupo de pessoas. Exemplos de leis especiais: Lei 8.112/90 (estatuto dos funcionários públicos da união), Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Vale lembrar, por fim, que de acordo com o Princípio da especialidade, a lei especial prevalece sobre a geral.
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