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O Poder Constituinte é Ilimitado? Porquê?

Poder Constituinte

💡 3 Respostas

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Mateus Viana

Depende, se você estiver falando do Poder constituinte originário ou primário, sim, é ilimitado, assim como autônomo e incondicionado. Pois o originário pode criar, abolir e inovar normas.

Enquanto abaixo dele, existe o poder constituinte derivado, no qual pode-se encontrar o reformador, revisor e decorrente. Este é limitado, condicionado e subordinado ao originário, sendo o seu poder inferior ao originário.

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Antonyo William

No poder Originário sim, significa dizer que o poder constituinte não se submete as condições pré estabelecidas para a criação de uma constituição.

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Especialistas PD

Segundo lições do Professor Bernardo Gonçalves existem 3 teorias que justificam esse aspecto do Poder Constituinte originário. Vejamos:

“1ª) Teoria positivista. Segundo ela, o poder constituinte originário é ilimitado do ponto de vista do direito positivo anterior, pois o poder constituinte originário é um ponto zero, ou seja, um marco inicial para a criação de uma nova ordem jurídica. A teoria positivista nos traz a ideia de que o Poder Constituinte Originário é ilimitado e autônomo, pois se funda nele mesmo e é ilimitado, do ponto de vista do direito anterior. Temos aí a natureza do poder constituinte como poder de fato (pois o direito se expressa de forma máxima na constituição). Portanto, o poder constituinte não é jurídico. Essa tradicionalmente é a tese adotada na doutrina nacional, apesar de hoje em dia estar, cada vez mais, sendo questionada (conforme iremos ver). 2ª) Teoria jusnaturalista. Ela afirma que o poder constituinte originário não é ilimitado, pois ele irá guardar limite em cânones do Direito Natural, como a liberdade, igualdade, não discriminação, ou seja, cânones do ‘homem em razão de ser homem’ derivados da natureza humana, quesão princípios básicos do Direito Natural. 3ª) Teoria (de tendência) Sociológica. Segundo ela, o poder constituinte originário é autônomo, pois exerce funções ilimitadas do ponto de vista do Direito Positivo anterior, não estando, a princípio, preso a nenhum direito positivo pretérito, mas guarda um limite sim no movimento revolucionário que o alicerçou, ou seja, no movimento de ruptura que o produziu; leia-se, na ideia de direito que o fez emergir (surgir). Nesse sentido, o poder constituinte originário guarda limite nele mesmo (na sociedade que está rompendo com o passado e construindo algo novo). Exemplos: a Constituição russa de 1918; a Constituição brasileira de 1988 entre outras.” (Curso de Direito Constitucional. 9ª ed. pg. 123-124)

 

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