Defeitos do negócio jurídico- Dolo
Não localizamos nenhuma doutrina que trata sobre a expressão "dolo sem dano". No entanto, façamos uma pequena explicação sobre os defeitos do negócio jurídico e, mais especificamente, do dolo.
Os defeitos dos negócios jurídicos se classificam em:
Vícios do Consentimento
Vícios Sociais.
Os vícios de vontade ou do consentimento são vícios que acometem a vontade, repercutindo na validade do negócio celebrado.
Um dos contratantes é prejudicado pois, de alguma forma, a manifestação de vontade não corresponde com seu íntimo e verdadeiro querer.
São vícios da vontade:
o erro;
o dolo;
a coação;
o estado de perigo; e
a lesão.
Há também os vicios sociais, que são aqueles que se consubstanciam em atos contrários à boa fé ou à lei, prejudicando terceiro.
São vícios sociais:
a fraude contra credores; e
a simulação;
Para Gonçalves, "dolo é o artifício ou expediente astucioso empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou a terceiro. Consiste em sugestões ou manobras maliciosamente levadas a efeito por uma das partes a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade que lhe traga proveito ou a terceiro".
Segundo Gagliano, "no dolo, induz-se outrem a errar com intenções puramente maliciosas, utilizando-se de preceitos arrimados em má-fé. O sujeito que aliena a caneta de cobre, afirmando tratar-se de ouro, atua com dolo, e o negócio poderá ser anulado”.
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