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Porque no Brasil não foi adotado o voto indireto?

💡 2 Respostas

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Caio Rodrigues

Pois, com a adaptação da teoria de Maquiavel e o Leviatã, sendo a eleição de uma única pessoa para representação de suas vontades e interesses, juntamente com, nas atualidades, a forma de eleição adotada pelo Brasil, seria uma forma de respeitar a vontade da população, que decide quem os representa e quem merece ser tirado. Esse controle embora tenha na constituição o apoio do povo, é feito pela parte administrativa/governamental do país, e a adoção do voto indireto seria afronta aos interesses específicos da população que exerce na medida da necessidade e acessibilidade. Por fim, a ideia do voto direto seria uma garantia do direito de cada um de votar, de forma livre e arbitrária, e de forma secreta, havendo o maior controle dos representantes, assim, a população elege quem os representa, e quem os representa faz suas necesidadese não suas vontades no sentido de eleger.

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Especialistas PD

O voto direto é um mecanismo de democracia direta, que confere mais poder e responsabilidade ao eleitor, e que por isso reforça a soberania popular. É uma opção constitucional que faz sentido num país que, quando da promulgação da Constituição de 88, tinha acabado de passar por um longo e sofrido período antidemocrático – regime militar.

Além disso, José Jairo Gomes ensina que “o voto indireto constitui exceção no sistema brasileiro. Dá-se a eleição indireta no caso de vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos últimos dois anos do período presidencial. Nesse caso, manda o artigo 81, § 1o, da Lei Maior que a eleição para ambos os cargos seja feita pelo Congresso Nacional 30 dias depois da última vacância. Esse preceito constitucional pode estender-se aos Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, no caso de dupla vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador, Prefeito e Vice-Prefeito, desde que tenham norma nesse sentido (STF – ADI 3.549/GO – Rel. Min. Carmen Lúcia – DJ 31-10-2007, p. 77; ADI-MC 1.057/BA – Rel. Min. Celso de Mello – DJ 6-4-2001, p. 65). A eleição indireta é organizada e se desenrola na respectiva Casa Legislativa, devendo ser observadas as condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 3o) e as causas de inelegibilidade (CF, art. 14, §§ 4o a 9o), inclusive as decorrentes da legislação complementar (LC no 64/90). A votação é pública, pois o eleitor tem o direito de saber como vota seu representante (STF – ADI no 4.298/ TO, julg. em 7-10-2009). (Direito Eleitoral. E-book. 12ª ed. pgs. 84-85).

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