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Como lidar com o luto infantil?

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Paulaa Martins

Normalmente uma criança em processo de luto não fica falando, falando, falando… Elas agem. Por exemplo: uma criança pode ficar letárgica mas certamente não tem palavras para expressar esse sentimento ou entender o porquê desse estado; se está se sentindo confusa ela pode facilmente ficar chateada, ou ainda uma criança que está brava em função de uma perdaimportante pode ficar malcriada ou brigar mais com as outras crianças. Sempre observe atentamente o comportamento delas! Segundo o Dr. Alan Wolfelt, educador e estudioso das questões do luto, as crianças têm seis necessidades no processo de luto:   Necessidade 1: reconhecer a realidade da morte A criança precisa confrontar a realidade de que alguém que ela amava muito morreu e que essa pessoa não mais estará presente fisicamente. As crianças tendem a aceitar a realidade da morte em “doses”. Elas permitem a entrada de “um pouco” de dor e depois voltam a brincar. Esta dosagem não só é normal mas também necessária para tornar esses primeiros momentos do luto mais suportáveis. Uma criança pode levar anos para integrar plenamente a realidade da perda. Conforme se desenvolve e amadurece a morte assume novas camadas de significado e maior profundidade. Necessidade 2: sentir a dor da perda Assim como qualquer pessoa em processo de luto, as crianças também precisam abraçar a dor da perda. Felizmente a maioria delas ainda não aprendeu como reprimir ou negar os sentimentos. Se estão tristes, elas geralmente se permitem estarem tristes. Você pode ajudar encorajando a criança a falar sobre pensamentos dolorosos e ouvir os relatos sem julgamento. Você também pode servir como exemplo demonstrando os seus próprios sentimentos. Se estiver triste, expresse sua tristeza na presença da criança. Necessidade 3: relembre a pessoa que partiu Quando alguém que amamos morre, ela vive em nós através das nossas memórias. Crianças em luto precisam relembrar a pessoa que partiu e precisam ajudar a celebrar a vida que essa pessoa viveu. Não tente tirar as memórias de uma criança com a pessoa que morreu como uma tentativa equivocada de privá-la da dor. É muito bom para a criança ver fotos ou assistir vídeos, é bom para ela contar histórias sobre essa pessoa querida que se foi assim como ouvir outras pessoas contarem histórias também. Relembrar o passado torna o futuro mais possível. Necessidade 4: desenvolver identidade própria Parte da identidade de uma criança é formada pelo relacionamento que ela teve com a pessoa que partiu. Talvez ela tenha tido um pai e agora não tem mais, ou ela poderia ser o irmão mais velho que agora não tem mais a irmã caçula. Como mudou o sentido da criança sobre quem ela é como resultado de uma perda importante? Ninguém pode preencher para a criança a “vaga” da pessoa que partiu. Não tente achar um pai/melhor amigo/avô substituto. Algumas vezes as crianças são encorajadas a assumirem o papel e as tarefas que pertenciam à pessoa que morreu, o que impede o processo de superação e injustamente rouba a inocência da infância. Necessidade 5: procure significado Quando alguém que amamos morre, naturalmente questionamos o significado e o propósito da vida. As crianças tendem a fazer o mesmo de forma muito simplificada através de perguntas como “Porque as pessoas morrem?”, “O que acontece com as pessoas depois que morrem? ou “O papai pode jogar futebol no céu?”. Uma criança só se sente a vontade para fazer esse tipo de pergunta para um adulto em quem confia. Não tente responder todas as perguntas sobre o significado da vida. Não tem problema, e talvez até seja desejável, admitir que você também se sente confuso com as mesmas perguntas. Necessidade 6: receber apoio contínuo de seus cuidadores O luto é um processo, não um evento. As crianças, assim como os adultos, vão passar ou estar nesse processo por um tempo longo. A criança enlutada precisa da compaixão e da presença de um adulto próximo, não somente nos dias ou semanas após a morte de alguém querido mas também nos meses e anos a seguir. Conforme vão crescendo e amadurecendo as crianças vão naturalmente processar o luto em novos e mais profundos níveis. Uma criança que passa por um processo de luto rodeada de suporte e apoio tende a ser um adulto mais saudável.   Dr. Alan D. Wolfelt, P.H.D., é autor de centenas de livros sobre perda e luto. Conhecido mundialmente pelos seus conselhos e mensagens de apoio e superação da perda é membro da Association of Death Education, é premiado pelo Counseling`s Death Educator, atua como diretor do Center for Loss and Life Transition em Fort Collins, Colorado, nos Estados Unidos. Normalmente uma criança em processo de luto não fica falando, falando, falando… Elas agem. Por exemplo: uma criança pode ficar letárgica mas certamente não tem palavras para expressar esse sentimento ou entender o porquê desse estado; se está se sentindo confusa ela pode facilmente ficar chateada, ou ainda uma criança que está brava em função de uma perdaimportante pode ficar malcriada ou brigar mais com as outras crianças. Sempre observe atentamente o comportamento delas! Segundo o Dr. Alan Wolfelt, educador e estudioso das questões do luto, as crianças têm seis necessidades no processo de luto:   Necessidade 1: reconhecer a realidade da morte A criança precisa confrontar a realidade de que alguém que ela amava muito morreu e que essa pessoa não mais estará presente fisicamente. As crianças tendem a aceitar a realidade da morte em “doses”. Elas permitem a entrada de “um pouco” de dor e depois voltam a brincar. Esta dosagem não só é normal mas também necessária para tornar esses primeiros momentos do luto mais suportáveis. Uma criança pode levar anos para integrar plenamente a realidade da perda. Conforme se desenvolve e amadurece a morte assume novas camadas de significado e maior profundidade. Necessidade 2: sentir a dor da perda Assim como qualquer pessoa em processo de luto, as crianças também precisam abraçar a dor da perda. Felizmente a maioria delas ainda não aprendeu como reprimir ou negar os sentimentos. Se estão tristes, elas geralmente se permitem estarem tristes. Você pode ajudar encorajando a criança a falar sobre pensamentos dolorosos e ouvir os relatos sem julgamento. Você também pode servir como exemplo demonstrando os seus próprios sentimentos. Se estiver triste, expresse sua tristeza na presença da criança. Necessidade 3: relembre a pessoa que partiu Quando alguém que amamos morre, ela vive em nós através das nossas memórias. Crianças em luto precisam relembrar a pessoa que partiu e precisam ajudar a celebrar a vida que essa pessoa viveu. Não tente tirar as memórias de uma criança com a pessoa que morreu como uma tentativa equivocada de privá-la da dor. É muito bom para a criança ver fotos ou assistir vídeos, é bom para ela contar histórias sobre essa pessoa querida que se foi assim como ouvir outras pessoas contarem histórias também. Relembrar o passado torna o futuro mais possível. Necessidade 4: desenvolver identidade própria Parte da identidade de uma criança é formada pelo relacionamento que ela teve com a pessoa que partiu. Talvez ela tenha tido um pai e agora não tem mais, ou ela poderia ser o irmão mais velho que agora não tem mais a irmã caçula. Como mudou o sentido da criança sobre quem ela é como resultado de uma perda importante? Ninguém pode preencher para a criança a “vaga” da pessoa que partiu. Não tente achar um pai/melhor amigo/avô substituto. Algumas vezes as crianças são encorajadas a assumirem o papel e as tarefas que pertenciam à pessoa que morreu, o que impede o processo de superação e injustamente rouba a inocência da infância. Necessidade 5: procure significado Quando alguém que amamos morre, naturalmente questionamos o significado e o propósito da vida. As crianças tendem a fazer o mesmo de forma muito simplificada através de perguntas como “Porque as pessoas morrem?”, “O que acontece com as pessoas depois que morrem? ou “O papai pode jogar futebol no céu?”. Uma criança só se sente a vontade para fazer esse tipo de pergunta para um adulto em quem confia. Não tente responder todas as perguntas sobre o significado da vida. Não tem problema, e talvez até seja desejável, admitir que você também se sente confuso com as mesmas perguntas. Necessidade 6: receber apoio contínuo de seus cuidadores O luto é um processo, não um evento. As crianças, assim como os adultos, vão passar ou estar nesse processo por um tempo longo. A criança enlutada precisa da compaixão e da presença de um adulto próximo, não somente nos dias ou semanas após a morte de alguém querido mas também nos meses e anos a seguir. Conforme vão crescendo e amadurecendo as crianças vão naturalmente processar o luto em novos e mais profundos níveis. Uma criança que passa por um processo de luto rodeada de suporte e apoio tende a ser um adulto mais saudável.   Dr. Alan D. Wolfelt, P.H.D., é autor de centenas de livros sobre perda e luto. Conhecido mundialmente pelos seus conselhos e mensagens de apoio e superação da perda é membro da Association of Death Education, é premiado pelo Counseling`s Death Educator, atua como diretor do Center for Loss and Life Transition em Fort Collins, Colorado, nos Estados Unidos.
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Ritielen furtado

Necessidade 1: reconhecer a realidade da morte

A criança precisa confrontar a realidade de que alguém que ela amava muito morreu e que essa pessoa não mais estará presente fisicamente. As crianças tendem a aceitar a realidade da morte em “doses”. Elas permitem a entrada de “um pouco” de dor e depois voltam a brincar. Esta dosagem não só é normal mas também necessária para tornar esses primeiros momentos do luto mais suportáveis.

Uma criança pode levar anos para integrar plenamente a realidade da perda. Conforme se desenvolve e amadurece a morte assume novas camadas de significado e maior profundidade.

Necessidade 2: sentir a dor da perda

Assim como qualquer pessoa em processo de luto, as crianças também precisam abraçar a dor da perda. Felizmente a maioria delas ainda não aprendeu como reprimir ou negar os sentimentos. Se estão tristes, elas geralmente se permitem estarem tristes. Você pode ajudar encorajando a criança a falar sobre pensamentos dolorosos e ouvir os relatos sem julgamento. Você também pode servir como exemplo demonstrando os seus próprios sentimentos. Se estiver triste, expresse sua tristeza na presença da criança.

Necessidade 3: relembre a pessoa que partiu

Quando alguém que amamos morre, ela vive em nós através das nossas memórias. Crianças em luto precisam relembrar a pessoa que partiu e precisam ajudar a celebrar a vida que essa pessoa viveu. Não tente tirar as memórias de uma criança com a pessoa que morreu como uma tentativa equivocada de privá-la da dor. É muito bom para a criança ver fotos ou assistir vídeos, é bom para ela contar histórias sobre essa pessoa querida que se foi assim como ouvir outras pessoas contarem histórias também. Relembrar o passado torna o futuro mais possível.

Necessidade 4: desenvolver identidade própria

Parte da identidade de uma criança é formada pelo relacionamento que ela teve com a pessoa que partiu. Talvez ela tenha tido um pai e agora não tem mais, ou ela poderia ser o irmão mais velho que agora não tem mais a irmã caçula. Como mudou o sentido da criança sobre quem ela é como resultado de uma perda importante? Ninguém pode preencher para a criança a “vaga” da pessoa que partiu. Não tente achar um pai/melhor amigo/avô substituto. Algumas vezes as crianças são encorajadas a assumirem o papel e as tarefas que pertenciam à pessoa que morreu, o que impede o processo de superação e injustamente rouba a inocência da infância.

Necessidade 5: procure significado

Quando alguém que amamos morre, naturalmente questionamos o significado e o propósito da vida. As crianças tendem a fazer o mesmo de forma muito simplificada através de perguntas como “Porque as pessoas morrem?”, “O que acontece com as pessoas depois que morrem? ou “O papai pode jogar futebol no céu?”. Uma criança só se sente a vontade para fazer esse tipo de pergunta para um adulto em quem confia. Não tente responder todas as perguntas sobre o significado da vida. Não tem problema, e talvez até seja desejável, admitir que você também se sente confuso com as mesmas perguntas.

Necessidade 6: receber apoio contínuo de seus cuidadores

O luto é um processo, não um evento. As crianças, assim como os adultos, vão passar ou estar nesse processo por um tempo longo.

A criança enlutada precisa da compaixão e da presença de um adulto próximo, não somente nos dias ou semanas após a morte de alguém querido mas também nos meses e anos a seguir. Conforme vão crescendo e amadurecendo as crianças vão naturalmente processar o luto em novos e mais profundos níveis. Uma criança que passa por um processo de luto rodeada de suporte e apoio tende a ser um adulto mais saudável.

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Andre Smaira

Para responder essa pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre Psicologia na Educação.


Compreender e aceitar a morte é um processo complexo em qualquer fase da vida, em especial na infância.


Recomenda-se a adoção de algumas etapas para lidar com esse difícil momento:

  1. Reconhecer a realidade da morte;

  2. Sentir a dor da perda;

  3. Relembrar a pessoa que partiu;

  4. Desenvolver uma identidade própria;

  5. Entender a morte;

  6. Receber apoio.

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