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diferencie os tipos de medidas cautelares: arresto, sequestro, penhora e indisponibilidade de bens.

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Larissa Pires

não sei

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Especialistas PD

 

  • Arresto

“Pode acontecer de o oficial de justiça não encontrar o executado. Neste caso, deverá proceder ao arresto de tantos bens quantos bastem para garantir a execução (art. 830). O arresto é uma medida executiva – e não cautelar, motivo pelo qual deve-se evitar confusões entre esta medida e aquela, de natureza cautelar, mencionada no art. 301 – a ser efetivada pelo oficial de justiça, independentemente de requerimento do exequente ou de determinação judicial.

Ocorrendo o fato, objetivamente considerado, de o oficial de justiça não encontrar o executado para efetivar a citação, deverão ser arrestados tantos bens quantos bastem para garantir a execução.

O arresto é, na verdade, uma antecipação de penhora (ou, se se preferir, uma pré-penhora), e em penhora se converterá se, aperfeiçoada a citação, decorrer o prazo de três dias sem que se efetue o pagamento voluntário (art. 830, § 3o). Neste caso, a conversão do arresto em penhora se dá de pleno direito, independentemente de lavratura de qualquer termo, e os efeitos da penhora retroagirão à data do arresto.

Não tendo sido encontrado o executado para citação, e efetivado pelo oficial de justiça o arresto, faz-se necessária a realização de novas diligências, pelo próprio oficial de justiça, que deverá, nos dez dias seguintes, procurar o executado por mais duas vezes, em dias distintos.”

(Alexandre Freitas Câmara. O Novo Processo Civil Brasileiro. 3ª ed. e-book. Pg. 329)

 

  • Sequestro

“Trata-se de uma apreensão judicial para a garantia do cumprimento da obrigação assumida pelo devedor. É diferente do Arresto, pois para que seja requerido, a lei não exige prova literal da obrigação. O sequestro só pode incidir nos bens litigiosos e, quando decretado, o juiz nomeará um depositário dos bens.”

 

  • Penhora

“Penhora é o ato de apreensão judicial dos bens que serão empregados, direta ou indiretamente, na satisfação do crédito exequendo. Em outras palavras, a penhora é um ato de constrição patrimonial, através do qual são apreendidos bens que serão utilizados como meio destinado a viabilizar a realização do crédito do exequente. Esta utilização pode ser direta (que se dá quando o próprio bem apreendido é entregue ao exequente a título de pagamento da dívida, por intermédio de uma técnica de expropriação chamada adjudicação) ou indireta (que ocorre nos casos em que o bem penhorado é expropriado e transformado em dinheiro, usando-se esta verba, obtida com a alienação do bem penhorado, para pagar o credor).”

(Alexandre Freitas Câmara. O Novo Processo Civil Brasileiro. 3ª ed. e-book. Pg. 330)

 

  • Indisponibilidade de bens

“Sob a ótica do CPC/15, os pedidos de bloqueios de bens devem se encaixar nas disposições atinentes às tutelas provisórias dispostas nos artigos 294 e seguintes, e, da mesma forma, qualquer decisão judicial que ordene a constrição pretendida, deve demonstrar que os requisitos legais estão presentes no caso concreto.

Mas, quais requisitos seriam esses? Há duas possibilidades de se fundamentar o pleito de indisponibilidade de bens:

(i) a tutela de urgência – art. 300 e seguintes. Para que seja possível conferi-la é necessário demonstrar não só a probabilidade do direito, ou seja, a ocorrência dos fatos irregulares narrados na inicial (lavra sem título autorizativo e/ou dano ambiental), mas também que o réu está praticando atos tendentes à dilapidação patrimonial. O risco, nesses casos, não pode ser entendido como a mera possibilidade, eventual, futura e incerta. O risco deve ser concreto, real, correlacionado com provas. Inúmeras decisões judiciais já apontam a necessidade de comprovação, sobretudo, da tentativa de desfazimento do patrimônio para justificar a cautela: é o caso do acórdão do Agravo de Instrumento nº 5050674-83.2016.404.0000, publicado pelo TRF-4ª Região em 17/03/2017. 

(ii) a tutela de evidência – art. 311. O pleito de indisponibilidade fundado nessa hipótese apenas teria cabimento pelos incisos I ou IV do mesmo artigo. Nesses casos, é impossível que qualquer decisão de deferimento do pleito seja proferida antes da oitiva do réu, e, portanto, do estabelecimento do efetivo contraditório prévio (conforme expressa previsão do parágrafo único). E mais, é necessário ou que se comprove o manifesto propósito protelatório do réu (inciso I), ou que a petição inicial seja instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito autoral, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável (inciso IV).” ( Ana Maria Damasceno e Patrícia Mendanha Dias, do blog PAM Direito)

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