A depender do rito procedimental que a lei processual estabeleça como o formato correto para determinada espécie de pedido, ou melhor, de tutela, a petição inicial deverá conter mais elementos, não sendo suficiente cumprir apenas o que determina o art. 282 do CPC, que estabelece os requisitos gerais para admissão da petição inicial. Se a causa a ser discutida em juízo envolver aquelas hipóteses contidas no art. 275 do CPC, que cuida do rito sumário, a petição inicial deverá conter rol de testemunhas e quesitos para resposta do perito (nos termos dos art. 276 além de atender aos requisitos previsto no art. 282 do CPC. Isto não é exigido na petição inicial do procedimento ordinário, que exige da petição inicial apenas o cumprimento dos requisitos descritos no art. 282 do CPC. No rito sumaríssimo, previsto na Lei nº 9.099/95, esta não permite a produção de prova pericial (com exceção da inspeção judicial em audiência), razão pela qual a petição inicial não pode trazer rol de quesitos sob pena de indeferimento da petição inicial por incompetência do juízo (art. 3º). Mas não é só a petição inicial que sofre essa diferenciação. A contestação, por sua vez, também sofre alterações em seu formato quando a parte se defende no rito sumário, já que o CPC possibilita ao "contestante" formular pedido contraposto na mesma petição em que se defende (art. 278, § 1º, do CPC), ao contrário do rito ordinário, que exige que a reconvenção seja proposta em apartado. O pedido contraposto também é permitido nos ritos sumaríssimos em homenagem aos princípios da celeridade, economia processual e da informalidade, previstos no art. 2º da Lei 9.099/95.
No rito sumário, a impugnação ao valor da causa, que no rito ordinário tem natureza de incidente processual e é proposto em apartado da petição de contestação, é questionada na própria petição de contestação.
Essas são, em suma, as principais considerações a respeito do tema.
Espero ter colaborado.
Abraço!
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