Existem três tipos de lançamento: o de declaração, o de ofício e o por homologação. Qual é o prazo decadencial para que se possa efefutar o lançamento?
O PRAZO DECADÊNCIAL PARA O LANÇAMENTO DE OFÍCIO
O artigo 173, inciso I do CTN (1966) define prazo decadencial para lançamentos feitos de ofício: “Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado”. No caso de um lançamento que normalmente seria por homologação, mas que não haja pagamento algum, o início da contagem do prazo é o definido no artigo 173, inciso I, como se o lançamento fosse por ofício, e não o prazo utilizado para os lançamentos feitos por homologação.
O PRAZO DECADÊNCIAL PARA O LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO
A Decadência no lançamento por declaração, contará a partir do momento em que o contribuinte declarar ao Fisco, pelo prazo de 05 (cinco) anos. A prescrição deverá ser contada (prazo de cinco anos), quando o contribuinte declarar, no momento em que recolher aos cofres da(s) Fazenda(s) Pública(s) o tributo. A decadência no caso de lançamento por declaração é regrada pela regra do artigo 173, I do CTN (1966), ou seja, a partir do exercício seguinte ao da possibilidade de se fazer o lançamento.
O PRAZO DECADÊNCIAL PARA O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
O artigo 150, § 4° do CTN (1966) determina prazo decadencial para lançamentos por homologação, que será de 5 (cinco) anos, se a lei não fixar outro prazo, e que a homologação do lançamento e extinção do crédito se a Fazenda Pública não se pronunciar neste período. O dispositivo legal traz ressalvas a este prazo decadencial nos casos que se comprovar dolo, fraude ou simulação o prazo começa a ser contado a partir da ocorrência do fato gerador em concreto.
“§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a - ocorrência de dolo, fraude ou simulação.”
Regra geral usada para tributos cujo lançamento se dá por ofício ou por declaração: 5 anos, começando a contar do primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado pela Fazenda mas por algum motivo não o foi. Segundo art. 173 , I, C.T.N.
No lançamento por homologação
A) Não ocorrendo o pagamento: Também deverá o Fisco aplicar a regra contida no art. 173, I, observado o parágrafo único do art. 149, ambos do C.T.N.
B) Ocorrendo o pagamento antecipado: Caso o Fisco não se manifeste, utiliza-se a regra da decadência contida no art. 150, §4º do C.T.N.
Referência Bibliográfica: Carneiro, Cláudio (2009), Curso de Direito Tributário e Financeiro
A decadência, prevista no artigo 173 do CTN, representa a perda do direito da Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal, constituir, através do lançamento, o crédito tributário, em razão do decurso do prazo de 5 anos, contado do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, ou da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado.
A contagem do prazo decadencial não se interrompe nem se suspende.
O lançamento tributário é ato documental de cobrança, por meio do qual se declara a obrigação tributária nascida do fato gerador. Trata-se ato administrativo vinculado, uma vez que deve ser balizado pela lei, e não por oportunidade ou conveniência.
a) Lançamento Direto ou de Ofício: é aquele em que o fisco, dispondo de dados suficientes para efetuar a cobrança, realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte. Ex: IPTU.
b) Lançamento Misto ou "Por Declaração": aquele representado pela ação conjugada entre o FISCO e o contribuinte, restando àquele o trabalho privativo de lançar. Ex: Imposto de Importacao.
c) Lançamento por Homologação: É aquele em que o contribuinte auxilia a Fazenda Pública na atividade do lançamento, cabendo ao fisco, no entanto, homologá-lo. Ex: ICMS, IR, PIS, IPI, COFINS, CSLL, entre tantos outros, correspondendo o maior volume da arrecadação.
No caso do lançamento de ofício, aplica-se a regra geral prevista no art. 173, inciso I, do Código Tributário Nacional. De acordo com esta regra o direito da Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
O mesmo ocorre no caso de lançamento misto ou por declaração. Nesta modalidade, aplica-se a regra geral prevista no art. 173, I do Código Tributário Nacional.
Nos casos de lançamento por homologação, temos que analisar a decadência sob duas óticas, com o pagamento do tributo e sem o pagamento do tributo. Com o pagamento do tributo, aplica-se a regra disposta no parágrafo 4º do art. 150 do CTN. Se não houver o pagamento do tributo, exige a aplicação do art. 173, I, ou seja, o prazo conta-se do primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele que em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
"Art. 150, § 4º. Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação."
"Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;"
O prazo que a administração tem para homologar é de 5 anos contados do fato gerador (art. 150, parágrafo 4º) nos casos de pagamento. Assim, a autoridade administrativa tem cinco anos para fiscalizar e, eventualmente, apurar as diferenças, caso o sujeito passivo não tenha realizado sua função corretamente. Em resumo, surgem duas situações:
A) Na hipótese de, nesses cinco anos, autoridade perceber que o pagamento foi insuficiente, o resultado disso será um lançamento para cobrança dessa diferença, e esse lançamento será de ofício.
B) Na hipótese de concordar com o pagamento, o resultado disso será a homologação, (tácita ou expressa), tem-se a extinção do direito de constituir eventuais diferenças.
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