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QUAL A DIFERENÇA ENTRE CULPA PRÓPRIA E CULPA IMPRÓPRIA?

💡 2 Respostas - Contém resposta de Especialista

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São modalidades de Culpa:

 

Imprudência

A imprudência decorre da conduta positiva do agente em ignorar todos os critérios previsíveis para a prática da conduta delituosa. Decorre de uma conduta omissiva. Ex: motorista ignorar o sinal vermelho e cortar avenida, gerando acidente.

Negligência

É a culpa de quem se omite. É a falta de cuidado antes de começar a agir. Ocorre sempre antes da ação (ex.: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-lo em movimento).

Imperícia

É a falta de habilidade, ou inaptidão técnica no exercício de uma profissão ou atividade. No caso de exercício de profissão, se, além de haver a falta de habilidade, não for observada uma regra técnica específica para o ato, haverá a imperícia qualificada. Difere-se a imperícia do erro médico visto que este não decorre somente da imperícia, podendo decorrer também de imprudência ou negligência.

São ainda espécies da culpa:

 

(A) Culpa consciente, com previsão ou ex lascivia: o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com a sua habilidade (mais que previsibilidade, existe previsão).

 

(B) Culpa inconsciente, sem previsão ou ex ignorantia: o agente não prevê o resultado, que, entretanto, era previsível. Neste caso, qualquer outra pessoa, naquelas circunstâncias, poderia prever a ocorrência daquele resultado.

 

(C) Culpa própria ou culpa propriamente dita: é aquela em que o agente não quer e não assume o risco de produzir o resultado, mas acaba lhe dando causa por negligência,

(D) Culpa imprópria ou culpa por equiparação, por assimilação, ou por extensão: é aquela em que o agente, por erro evitável, imagina certa situação de fato que, se presente, excluiria a ilicitude do seu comportamento (discriminante putativa). Provoca intencionalmente determinado resultado típico, mas responde por culpa por razões de política criminal.

 

Anuncia o art. 20, § 1º, do CP: “Discriminantes putativas. § 1º – É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo”.

Referências

SANCHES, Rogério – Manual de Direito Penal – Parte Geral (2013) – Vol. 2

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Luiz Henrique Zordan

Vamos lá! 

Sendo objetivo e sintético:

A culpa propriamente dita ocorre quando o agente não espera o resultado, não o quer e não assume o risco de provocá-lo, mas, que por negligência, imperícia ou imprudência, acaba por dar-lhe causa.
Já a culpa imprópria é aquela prevista no artigo 20 do Código Penal, em que o agente, por erro evitável, produz determinado resultado típico, deliberadamente, mas somente por acreditar que a situação lhe autorizava agir daquela maneira. O exemplo clássico é: - "Fulano De Tal, ao caminhar pela rua, encontra seu desafeto, que leva a mão ao bolso, demonstrando estar armado. Com medo de sofrer injusta agressão, Fulano de tal dispara e alveja seu inimigo, que na verdade estava carregando um objeto qualquer em seu bolso - e não uma arma. Assim, Fulano De Tal comete homicídio, mas mesmo tendo matado de forma intencional, é punído como se tivesse agido de maneira culposa".

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