BOA TARDE COLEGAS E DOUTORES!!!
Quais são as fundamentações para o valor legal, supralegal, constitucional ou supraconstitucional dos tratados internacionais? Qual a posição adotada pelo STF?
Para o STF todos os tratados internacionais assinados pelo Brasil devem se submeter ao controle do processo ordinário de incorporação.
- A recepção de acordos celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL está sujeita à mesma disciplina constitucional que rege o processo de incorporação, à ordem positiva interna brasileira, dos tratados ou convenções internacionais em geral. É, pois, na Constituição da República, e não em instrumentos normativos de caráter internacional, que reside a definição do iter procedimental pertinente à transposição, para o plano do direito positivo interno do Brasil, dos tratados, convenções ou acordos - inclusive daqueles celebrados no contexto regional do MERCOSUL - concluídos pelo Estado brasileiro. Precedente: ADI 1.480-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO.
De acordo com o STF, há uma tripla hierarquia dos tratados internacionais:
- tratados internacionais que versam sobre direitos humanos e foram aprovados em cada casa do Congresso em dois turnos, por 3/5 dos votos são equivalentes às emendas constitucionais (art. 5º, §3º da Constituição Federal). O exemplo que temos em nosso ordenamento é a Convenção sobre os direitos de pessoas com deficiência;
- tratados internacionais que versam sobre direitos humanos, mas foram aprovados apenas por procedimento ordinário (maioria simples, procedimento previsto no art. 37 da Constituição), são tidos como normas supralegais. Nesse sentido, são leis que estão entre a Constituição e as leis. O exemplo mais notório é o Pacto San José da Costa Rica;
- tratados internacionais que não versam sobre direitos humanos: são tidos como leis ordinárias.
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