Em uma mesma data foram contratadas dez trabalhadoras a título de experiência, por noventa dias.
Em relação a uma delas, houve confirmação de gravidez no referido período.
Transcorridos sessenta dias do início do contrato, sofreu um acidente de trabalho, percebendo auxílio-doença acidentário, por quatro meses. Embora avaliada formal e positivamente pelo empregador, teve seu contrato considerado extinto na data em que findou o período experimental, o mesmo não ocorrendo com as demais operárias, cujos contratos passaram a viger por prazo indeterminado.
A situação noticiada justificaria a projeção do período de percebimento do benefício previdenciário no contrato de trabalho, e a reintegração/readmissão da trabalhadora?
Com base nas novas redações das Súmulas 244 (gestante) e 378 (acidente de trabalho), mesmo durante o curso do contrato de experiência, caso haja uma gestação ou um acidente de trabalho, a empregada terá direito à estabilidade gestante, desde a confirmação da gravidez até 05 meses após o parto, ou o(a) empregado(a) terá garantida a manutenção do seu contrato de trabalho po, no mínimo, 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário, tudo com fulcro nos artigos 10, II, b, do ADCT e 118 da Lei 8.213/91, respectivamente.
Destarte, no caso em análise, a trabalhadora tem direito à projeção do período de percebimento do benedício previdenciário no contrato de trabalho, bem como a reintegração/readmissão ao emprego.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar