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alguem pode me ajudar ....preciso resumo inconstitucionalidade das penas de prisao no brasil

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Rita de Cássia Rosa

 Trata-se de um artigo científico voltado para a análise das penas aplicadas pelo direito penal brasileiro, como medida social de punibilidade para a prática de delitos, com o intuito de ressocializar o indivíduo. O foco principal, por sua vez foi à pena de morte: constitucionalmente vetada pela Carta Magna brasileira de 1988, mas que é amplamente discutido em âmbito internacional. Ressaltando-se que as críticas a sua aplicabilidade, em alguns ordenamentos jurídicos, cresce ao passo em que os direitos humanos ganham força internacional.Quando nos reportamos às penas previstas no Código Penal brasileiro, imediatamente lembra-se da Constituição Federal de 1988, uma vez que o texto da Carta Magna traz, em seu arcabouço, as regras de previsibilidade jurídica para as sanções penais. Dentre as quais se pode destacar a vedação expressa a pena capital de morte, na medida em que estaria infringindo o respeito constitucional ao bem jurídico prioritário da legislação brasileira, qual seja, a vida.O homem começou a viver agrupado, em uma pré-conceituação de sociedade, as punições foram efetivamente drásticas para os indivíduos que conviviam e cometiam algo não aceitável pelo grupo. Em todas as classes étnicas que surgiam em diferentes épocas e em diversos locais, as punições tornavam-se semelhantes, a pena de morte para punir os delitos cometidos. A prática da pena capital tanto servia para punir criminosos (na maioria dos países do século retrasado) como estabeleciam a hegemonia política (disputa por território entre povos distintos) e religiosa (a Igreja Católica através da Inquisição e das Cruzadas).

 Código de Hammurabi, datado por volta do ano de 1750 a.C. 

O Princípio da Pena ou Lei de Talião é um dos mais utilizados por todos os povos antigos.

Todas as civilizações antigas utilizaram a pena capital como forma de punição do indivíduo e repressão da prática para os demais cidadãos da sociedade.O maior exemplo bíblico da aplicação da pena de morte foi a crucificação de Jesus Cristo, o Rei dos Judeus, que foi interrogado pelos romanos e o seu povo o condenou a morte, sendo aplicada a crucificação, por ser a prática mais difundida perante os indivíduos qualificados como criminosos da época.No Período Romano, o imperador Júlio César morreu apunhalado pelas costas por seu filho Brutus que confabulou com o Senado para liquidá-lo. O império romano era dividido politicamente pela figura do imperador e do senado. Na grande maioria, era este poder paralelo que derrubava os imperadores, seja pela morte, seja pela ascensão de um substituto, fantoche do Senado.Depois de formada a Igreja Católica e elevada como religião oficial do Império Romano, estabeleceu-se uma perseguição denominada pelos livros de história como Inquisição, caça as bruxas e aos hereges, exterminando esses indivíduos através de penas como a queimação na fogueira, afogamento em rios, torturas terríveis com a finalidade de confissão das práticas anti-religiosas, etc.Por volta do século XVIII, a França não suportou a situação imposta pela Nobreza e pelo Rei Luís XIV, culminando em uma fúria revolucionária causando a morte de inúmeros cidadãos da nobreza, o Rei, seus familiares e os próprios revolucionários que tentavam divergir do sentimento de liberdade, igualdade e fraternidade estimulado pelos opositores do sistema monárquico.Na Segunda Guerra Mundial, inúmeras atrocidades ocorreram desde amputações de membros, estudos profundos dos corpos humanos e milhares de mortes através de câmara de gás, por fuzilamento, por inanição, etc.Nos países islâmicos, a pena de morte é empregada desde os primórdios sendo utilizado o apedrejamento para crimes como o adultério. Alguns países, como é o caso do Japão, China e Estados Unidos da América utilizam a pena de morte como punição para crimes bárbaros.Os Estados Unidos da América possuem um sistema diferenciado do Brasil. A Lei Penal é discutida e votada em cada estado que compõe o Estado maior, ou seja, cada estado possui lei penal própria para aplicação em seu território.

ecentemente aboliu a aplicação da pena de morte foi o Uzbequistão, no início do ano passado.

No Brasil, a história da pena de morte está enraizada no Período Imperial, pois sua implantação foi determinada nesse período e os casos relatados da pratica da pena capital eram protegidos por lei maior, o Poder Real. Com a Constituição Federal de 1891, inicia-se uma divergência nunca antes questionada, pois o discurso da humanização das penas é impetrado através de uma maior atenção e valorização das garantias individuais. No Brasil, o mais célebre condenado à morte foi Tiradentes que alçou o posto de herói nacional com o advento da República.O segundo período da República que marcou pela prática da pena de morte foi o Estado Novo, outorgado por Getúlio Vargas, decorrente da Intentona Comunista, liderada por Luís Carlos Prestes. A constituição Federal de 1937 foi elencada como centralista e autoritária, pois na seção dos direitos e garantias individuais restringia-os em grande parte.

A sanção penal brasileira possui a finalidade de punir o indivíduo através da retribuição pela pratica delituosa e a prevenção, para o não cometimento de novos crimes. A pena, neste contexto, é marcada por ser um castigo, uma intimidação ou reafirmação do Direito Penal e um recolhimento do indivíduo que a praticou para ressocialização.

A definição é direta e destinada ao fim que possui, punir o indivíduo que cometeu a pratica delituosa e prevenir para que o mesmo não pratique mais crimes, e educar a sociedade através da intimidação. Contudo, a doutrina diverge na concepção do que realmente seria a sanção penal para o delinqüente.

Como a sanção penal tem a finalidade primordial de retribuir ao indivíduo que comete o crime uma pena, ou seja, penalizá-lo pela pratica de um ato que não foi aprovado pela sociedade. Os legisladores, de forma sábia, elencaram espécies penais que são utilizadas, para variar de acordo com crime praticado.

As penas de reclusão e de detenção possuem suas peculiaridades, pois na própria descrição do tipo de pena no Código Penal, é visto sua determinação pela gravidade do crime praticado. Crimes mais graves são encaminhados para pena de reclusão e de menor potencial ofensivo, são enquadrados como detenção.

Existe uma celeuma em torno da aplicação do artigo 44 do Código Penal e do artigo 60 do mesmo. Para entender melhor, coloca-se um caso prático, como o crime de furto, este não pode ser convertido em multa, mesmo que sua pena não ultrapasse um ano, pois é entendido pela Lei que a conversão para a multa será concedida para o crime de furto privilegiado, quando considerar de pequeno valor a coisa subtraída e primário o autor do crime.

O momento histórico jurídico em que a sociedade moderna se encontra, não concebe mais a defesa da tese banal de que os direitos humanos foram criados para a proteção daqueles que desrespeitam as normas sociais de conduta (criminosos): tornou-se uma estrutura mais do que simplória e desgastada.

Se o Estado brasileiro é o maior responsável pela elevação no índice de criminalidade, particularmente tendo em vista a brutal e dificilmente equiparável, em escala planetária, concentração de renda, o Estado brasileiro carece de condições morais para dizer "quem tem o direito à vida (assegurado na Constituição, por sinal) e quem, por seus crimes, deve ser apenado com a perda deste direito humano básico", até porque o juízo humano é falho, a pena de morte é uma punição evidentemente irreversível.

Como a finalidade da sanção penal, desde o início, foi punir, prevenir e reeducar o indivíduo perante a sociedade, em outras palavras, satisfazer a sociedade, privando o indivíduo com o que tem de mais valioso, sua liberdade. Perante essa contestação, foi avaliada uma forma de inserção do delinqüente a sociedade através de um regime progressivo de cumprimento de pena.

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