Respostas
explicam a finalidade social como sendo condicionada a leis naturais,sujeitas ao princípio da causalidade, não havendo a possibilidade de se escolher um objetivo e deorientar para ele a vida social.
Finalistas
: sustentam ser possível a finalidade social, por meio de um ato devontade, ou seja, livremente escolhida pelo homem. O homem tem consciência de que deve viverem sociedade e procura fixar, como objetivo da vida social, uma finalidade condizente com suasnecessidades fundamentais e com aquilo que lhe parece ser mais valioso
Apenas pode ser considerado ‘sociedade’ aquele agrupamento de pessoas que tem “um fim próprio e, para sua consecução, promovem manifestações de conjunto ordenadas e se submetem a um poder” (DALLARI, 2005: 46). É considerável a vasta quantidade de fins que uma sociedade pode ter, dessa forma, com o objetivo de tornar a análise um pouco mais sistematizável, cabe dividir essa vasta quantidade de fins em duas categorias, “que são: sociedades de fins particulares, quando têm finalidade definida, voluntariamente escolhida por seus membros. Suas atividades visam, direta e imediatamente, àquele objetivo que inspirou sua criação por um ato consciente e voluntário; b) sociedades de fins gerais, cujo objetivo, imediato e genérico, é criar as condições necessárias para que o indivíduo e as demais sociedades que nela se integram consigam atingir seus fins particulares” (DALLARI, 2005: 48).
Sociedades de fins gerais: “As sociedades de fins gerais são comumente denominadas sociedades políticas, exatamente porque não se prendem a um objetivo determinado e não se restringem a setores limitados da atividade humana, buscando, em lugar disso, integrar todas as atividades socais que ocorrem no seu âmbito. Diz Heller que o político é influenciado e condicionado pela totalidade do ser humano e, por sua vez, influencia e condiciona essa totalidade, acrescentando que o objeto específico da política consiste sempre na organização de oposições de vontade, sobre a base de uma comunidade de vontade. Muito semelhante é a observação de Jean Meynaud, para que a ‘política representa, em seu sentido mais geral, a orientação dada à gestão dos negócios da comunidade. Pode-se também considera-la como o conjunto dos atos e das posições tomadas para impelir em um rumo determinado a estrutura e a marcha do aparelho governamental’. E a isso acrescenta: ‘A política (a observação é tirada da experiência) engloba a totalidade dos fatores do homem: ideologias sociais, crenças religiosas, interesses de classe ou de grupo, ônus dos fatores pessoais...’.” (DALLARI, 2005: 48).
“Assim, pois, são sociedades políticas aquelas que, visando criar condições para a consecução de fins particulares de seus membros, ocupam-se da totalidade das ações humanas, coordenando-as em função de um fim comum. Isso não quer dizer, evidentemente, que a sociedade política determina as ações humanas, mas, tão-só, que ela considera todas aquelas ações.” (DALLARI, 2005: 48-49).
“Entre as sociedades políticas, a que atinge um círculo mais restrito de pessoas é a família, que é um fenômeno universal. Além dela existem ou existiram muitas espécies de sociedades políticas, localizadas no tempo e no espaço, como as tribos e clãs. Mas a sociedade política de maior importância, por sua capacidade de influir e condicionar, bem como por sua amplitude, é o Estado. Chegamos, portanto, à primeira noção de Estado: é uma sociedade política. Mas, evidentemente, isso apenas é muito pouco para que se tenha dele uma ideia precisa. Todavia, com os elementos colhidos até agora é que iremos proceder à análise dessa espécie de sociedade política, para que saibamos, então, o que é e como funciona o Estado.” (DALLARI, 2005: 49).
Referência bibliográfica:
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado. 25ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
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