A visão do papel do Estado na economia constitui uma das principais diferenças na abordagem macroeconômica clássica e keynesiana. Primeiramente, os economistas clássicas defendem uma intervenção mínima do Estado na economia, visto que este traria distorções de alocação dos recursos. Ademais, os clássicos defendem que a economia encontra-se naturalmente no seu produto máximo, visto que haveria pleno emprego dos fatores, devido a flexibilidade dos salários e preços, os quais levariam a economia instantaneamente ao equilíbrio. Dito isso, as políticas fiscal e monetária não poderiam influenciar o produto real, mas apenas os preços, sendo inócuo o papel do Estado sobre o crescimento real da economia. Por outro lado, a visão keynesiana defende justamente que o Estado é necessário para garantir o pleno emprego dos fatores de produção, já que não há garantias que estejam em plena utilização a todo momento. Assim, o estado deve utilizar principalmente a política fiscal através de compras governamentais e diminuição dos impostos para induzir um aumento do consumo e dos investimentos, de modo a garantir o pleno emprego. Desse modo, o Estado torna-se fundamental para garantir o crescimento econômico em momentos em que a economia encontra-se fora de seu equilíbrio, ou seja, com capacidade ociosa e desemprego
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