A linguagem não tem uma existência em si, bem como a metáfora, sendo desvinculada de seu uso. Ela é uma atividade humana. Por esse motivo, podemos manipulá-la, em função de objetivos específicos: comunicar-nos, expressar emoções, impressionar, persuadir, etc. Para que esses objetivos possam ser alcançados, precisamos aprender a utilizar recursos que criem efeitos em sentidos variados. Para produzir certos efeitos, utilizamos as figuras de linguagem, como a já dita metáfora.
Uma das figuras de linguagem mais conhecidas na língua portuguesa, a metáfora, como dito acima, é uma comparação subentendida que se faz entre dois elementos. Ela é feita, por exemplo, referenciando fatos novos a fatos antigos. Normalmente eles possuem algumas características em comum, sem que essa qualidade seja revelada.
A metáfora é uma poderosa ferramenta da comunicação humana. Ela está presente em praticamente todas as conversas do dia a dia. Aparece, por exemplo, na música, nas poesias, nas propagandas, etc. Os estudos mais recentes apontam que em uma conversa as pessoas usam, em média, quatro metáforas por minuto. Isso acontece porque utilizamos a metáfora para expressar um pensamento sem querer ir direto ao assunto.
É muito comum o uso dessa figura de linguagem para expor alguma ideia, assim como utilizá-la em comparações para explicar uma situação. Os estudiosos dizem ser praticamente impossível nos comunicarmos sem as metáforas.
A metáfora tem uma qualidade subjetiva e efêmera, mas quando ela se torna fixa, passa a ser catacrese, ou seja, se transforma em metáfora já absorvida no uso comum da língua. É uma espécie de gíria do cotidiano, usada para facilitar a comunicação. A catacrese é utilizada com frequência na linguagem oral. As pessoas a usam com tanta constância que nem se dão conta que a figura de linguagem está presente no diálogo. Observe os exemplos mais comuns: "pé de alface", “perna da mesa”, “braço da cadeira”, “braço do sofá”, “cabeça do alfinete”, “céu da boca”, “dente de alho”, etc.
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Práticas de Linguagens
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