Não.
Há duas hipóteses de sentença que extrapola os limites postulados: a ultra petita e a extra petita.
A sentença ultra petita é aquela em que o juiz excede o que foi realmente requerido pela parte.
Ex.: pediu danos morais, o juiz incluiu danos materiais.
Já a sentença extra petita é aquela em que o juiz determina coisas totalmente estranhas ao processo/ao requerido pelas partes.
Ex.: o juiz decidiu por argumento de defesa não suscitado pelo réu, desde que não seja matéria ex officio.
Neste caso, a sentença ultra petita pode ser corrigida pelo Tribunal, reduzindo-se aos limites do que foi pleiteado, e a extra petita anulada naquilo que foi estranho ao processo.
Em regra, não. Lembramos que a jurisdição é inerte e não pode agir de ofício, mas somente quando provocada (art. 2º, do CPC: "o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.").
Quando o juiz julga diversamente do que foi pleiteado, poderá incorrer na prolação dos seguintes tipos de sentenças:
Contudo, existem exceções, como a restauração de autos, em caso de perda, a determinação da obrigação de retirar o nome da parte do cadastro de inadimplentes, quando ação pede indenização por danos morais fulcrada na negativação indevida, a fixação de honorários sucumbenciais, bem como o pagamento de parcelas vincendas em débitos de prestação periódica, por exemplo.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar