No texto "Por uma concepção multicultural de direitos humanos" o autor Boaventura de Sousa Santos no capítulo "Os direitos humanos enquanto guião emancipatório", trabalha com cinco premissas para a transformação cosmopolita dos Direitos Humanos. No seu entendimento, qual é a diferença, e se ela existe, para você e para o autor, entre a segunda e a quarta premissa?
Os direitos humanos floresceram após as mazelas advindas da segunda guerra e a barbárie cometida pelos nazistas, na tentativa de instaurar a ordem. Esse documento possibilitou a criação de normas com mecanismos jurídicos para que os direitos fundamentais fossem resguardados. É isso que o autor quis dizer quando relatou que os direitos humanos estariam no meio de uma tensão dialética entre o Estado e a sociedade civil, pois se os direitos civis e políticos foram concebidos como uma luta da sociedade Civil contra o Estado, e este sendo considerado um violador de direitos, é incoerente que esse mesmo Estado garanta direitos sociais, direitos econômicos, direitos culturais... Há uma diferença entre os direitos humanos na teoria, enquanto documento, e a sua prática nada emancipatória. O que se tem visto na atualidade, ainda é a supremacia de países que em nome da paz declaram guerra e em nome da ideologia da universalidade dos Direitos Humanos, passa por cima da diversidade cultural existente, repetindo as mesmas atrocidades de outros tempos.
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