Buscar

guia de identificacao, acolhimento e encaminhamento das situacoes de violencia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rede Internacional de Pesquisa 
Sobre Família e Parentesco
GUIA DE IDENTIFICAÇÃO, ACOLHIMENTO E 
ENCAMINHAMENTO DE CASOS DE VIOLÊNCIA 
Foco nas lentes de Gênero, Sexualidade e Parentalidade 
	 	 	 	 	 Rede Athera* 
	 	 	 	 	 Em 08/05/2024 
	 Este guia visa oferecer aos voluntários e servidores públicos envolvidos no 
resgate e abrigo de pessoas em situações de emergência informações sobre a 
identificação, o acolhimento e o encaminhamento de casos de violência nas 
situações de resgate e abrigo. Nem todas as pessoas são iguais em suas 
necessidades e vulnerabilidades: mulheres, pessoas trans e crianças e 
adolescentes são especialmente vulneráveis em situações de emergência e 
qualquer ação deve levar em conta as lentes de gênero, sexualidade e 
parentalidade. Por isso, o guia está organizado em informações que podem ser 
aplicados na identificação, acolhimento e no encaminhamento das situações de 
violência porventura vivenciados por tais populações. 
SAIBA IDENTIFICAR: 
VIOLÊNCIA FÍSICA: 
Qualquer conduta que ofenda a integridade e/ou a saúde corporal do 
indivíduo. Exemplos: chutes, puxões de cabelo, uso de armas de qualquer 
natureza e restrição de movimentos, entre outros. 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: 
Engloba quaisquer comportamentos que tenham a intenção de diminuir a 
autoestima e de humilhar outras pessoas. Exemplos: isolamento social, 
humilhação, manipulação, insulto, chantagem, exploração, violação da 
intimidade, entre outros. 
VIOLÊNCIA SEXUAL: 
Compreende qualquer ato ou tentativa de prática sexual, comentários ou 
avanços indesejados e não consentidos, bem como atos para comercializar ou 
utilizar de outra maneira a sexualidade de uma pessoa através da coerção e 
exposição indevida a conteúdo sexual. Exemplos: insistência, manipulações, 
exposição indevida à masturbação ou prática sexual. 
Rede Internacional de Pesquisa 
Sobre Família e Parentesco
ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: 
Trata-se de qualquer comportamento que envolva sexualmente crianças e 
adolescentes, os quais ainda não têm capacidade física/emocional para 
compreender ou autorizar o que está acontecendo. Exemplos: carícias, 
cantadas, ato sexual, mostrar material pornográfico, expor partes íntimas, 
manter relações sexuais na frente das crianças/adolescentes, permitir que a 
criança/adolescente seja abusada em troca de dinheiro e/ou favores, entre 
outros. 
ASSÉDIO SEXUAL: 
É qualquer conduta praticada sob forma verbal, não verbal ou física, 
manifestada por palavras, gestos, contatos físicos ou outros meios, com o efeito 
de levar a pessoa a agir de determinada forma com objetivo que envolva fins 
sexuais. São formas de violência que comprometem a identidade, dignidade e as 
relações afetivas e sociais dos atingidos. Exemplos: propostas sexuais 
constrangedoras, chantagens em troca de benefícios ou para evitar prejuízos e 
humilhações ou intimidações. 
ASSÉDIO MORAL: 
O assédio moral é caracterizado pela exposição a situações repetitivas de 
constrangimento ou humilhação, que são suscetíveis de provocar violações à 
integridade, à identidade e à dignidade humana. Pode ser manifestado por meio 
de gestos, palavras, atos e outras condutas. Exemplos: atribuição de apelidos 
pejorativos, imposições ou punições que causem vexame, ameaças, humilhações 
e intimidações frequentes. 
DISCRIMINAÇÃO: 
Compreende toda distinção, exclusão, restrição ou preferência fundada na raça, 
etnia, cor, sexo, gênero, religião, deficiência, opinião política, ascendência 
nacional ou regional, origem social, idade, orientação sexual, identidade e 
expressão de gênero, ou qualquer outra que atente contra o reconhecimento ou 
exercício, em condições de igualdade, dos direitos e liberdades fundamentais nos 
campos econômico, social, cultural, laboral ou em qualquer campo da vida 
pública. 
RACISMO: 
É uma forma de preconceito ou discriminação motivada pela cor da pele ou 
origem étnica. Envolve situações em que pessoas são difamadas, violentadas ou 
têm o acesso a algum tipo de serviço ou lugar negado por conta de sua cor ou 
Rede Internacional de Pesquisa 
Sobre Família e Parentesco
origem étnica. Exemplos: desconfiança e/ou abordagens violentas baseando-se 
na raça e/ou origem étnica, impedimento de acesso a espaços públicos ou 
privados, xingamentos e atribuição de apelidos pejorativos baseados na raça e/
ou origem étnica, entre outros. 
COMO ACOLHER PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA? 
- Ao ouvir relatos de violência, devemos ser empáticos, pacientes e validantes. 
O acolhimento deve levar em consideração a experiência da pessoa e não de 
quem está acolhendo. Não emitir perguntas indutivas. 
- Devemos assegurar a confidencialidade e a privacidade da pessoa que está 
relatando a violência, mas não promover o sigilo, uma vez que temos que 
relatar a situação e realizar os encaminhamentos legais necessários. O 
acolhimento não deve ter fins investigativos ou checagem de evidências para 
analisar a veracidade, os quais serão realizados por autoridade competente. 
- As informações que indiquem suspeita ou confirmação de violência devem ser 
reportadas para equipe responsável pelo abrigo para notificação e 
encaminhamentos necessários para proteção. Deve-se agradecer a confiança, 
pois demonstra o respeito à pessoa acolhida e a afirmação que essa pessoa 
não tem nenhuma culpa ou responsabilidade na violência que sofreu. 
ONDE ENCAMINHAR APÓS IDENTIFICAR CASOS DE 
VIOLÊNCIA? 
- Em qualquer caso urgente de violência, deve ser acionada a Polícia Militar 
através do fone 190. 
- Em casos de violência contra a mulher, devem ser encaminhados para a 
Delegacia mais próxima; deve ser acionada a Polícia Militar pelo 190 em 
casos de emergência; pode ser acionado o canal de denúncias, o Disque 180 - 
Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência em casos não 
urgentes; 
- Em caso de violência e maus tratos contra crianças e adolescentes, deve ser 
acionado o Conselho Tutelar mais próximo, e após as 18h deve ser feito 
contato com o Plantão de Atendimento do Conselho Tutelar através do 
telefone (51) 991581348. 
- A criança/adolescente desacompanhado deve ser levado para o Centro de 
Triagem Geraldo Santana (Rua Luiz de Camões, 337, Bairro Santo Antônio, 
POA/RS), onde há Plantão do Conselho Tutelar. 
Rede Internacional de Pesquisa 
Sobre Família e Parentesco
Telefones Úteis: 
- Conselho Tutelar (Plantão): (051) 99158-1348 
- Ministério Público: (051) 99562-6647 
- Tribunal de Justiça: (051) 99946-7885 (WhatsApp) 
- Defensoria Pública: (051) 98594-8784 
- Prefeitura de Porto Alegre: 156 
- Polícia Militar: 190 
* Sobre a Rede Anthera: 
A Rede Anthera é uma rede internacional de pesquisas antropológicas sobre família e 
parentesco, que tem como sede principal a Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul (PPGAS/UFRGS) e, como sedes regionais, as universidades parceiras: Pontifícia 
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a Universidade Federal Rural 
do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL). As 
pesquisadoras e pesquisadores da Rede ANTHERA desenvolvem pesquisas 
relacionadas à governança reprodutiva e aos diversos arranjos das parentalidades 
contemporâneas (pluriparentalidades). 
ESTE DOCUMENTO FOI CONSTITUÍDO PELA INSPIRAÇÃO, 
COMPILAÇÃO E RESUMO DAS SEGUINTES FONTES: 
DINIZ, Débora. Desastres e emergências exigem respostas com lentes de 
gênero. Postagem no Instagram. Disponível em: https://www.instagram.com/
p/C6t7BVPNcHI/ Consulta em 08/05/2024. 
GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE EQUIDADE DE GÊNERO NA GESTÃO 
PÚBLICA. SECRETARIA DE FAZENDA DE NITERÓI. (2021). Disponível 
em: https://fazenda.niteroi.rj.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/04/
GUIA-DE-BOAS-PRATICAS-DE-EQUIDADE-DE-GeNERO-NA-GESTAO-
PUBLICA.pdf. Consulta em 09/05/2024. 
GUIA DE BOAS PRÁTICAS EM IGUALDADE DE GÊNERO DA ANAFE. 
(2022). Disponível em: https://anafe.org.br/wp-content/uploads/2022/11/
Guia-Igualdade-de-Genero-V5.pdf Consulta em 09/05/2024. 
RANGEL R.G., CHOTGUES, J.O.,PIGATTO, V.M. , PIRES, M.O, 
SERVINO, L.L., SILVA, V.C.V, MOTTA, L.O., ARNOUD, T.C.J., 
FONSECA, M.T.P., & HABIGZANG, L.F. (2024). Identificação e Manejo de 
Situações de Violência no Contexto de Desastre no Rio Grande do Sul. Porto 
Alegre, PUCRS. 
https://www.instagram.com/p/C6t7BVPNcHI/
https://www.instagram.com/p/C6t7BVPNcHI/
https://fazenda.niteroi.rj.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/04/GUIA-DE-BOAS-PRATICAS-DE-EQUIDADE-DE-GeNERO-NA-GESTAO-PUBLICA.pdf
https://fazenda.niteroi.rj.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/04/GUIA-DE-BOAS-PRATICAS-DE-EQUIDADE-DE-GeNERO-NA-GESTAO-PUBLICA.pdf
https://fazenda.niteroi.rj.gov.br/site/wp-content/uploads/2021/04/GUIA-DE-BOAS-PRATICAS-DE-EQUIDADE-DE-GeNERO-NA-GESTAO-PUBLICA.pdf
https://anafe.org.br/wp-content/uploads/2022/11/Guia-Igualdade-de-Genero-V5.pdf
https://anafe.org.br/wp-content/uploads/2022/11/Guia-Igualdade-de-Genero-V5.pdf
https://anafe.org.br/wp-content/uploads/2022/11/Guia-Igualdade-de-Genero-V5.pdf

Continue navegando

Outros materiais