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Quais as duas principais finalidades do princípio da autonomia das obrigações cambiais?

💡 2 Respostas

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Débora Santos

  • Princípio da Documentalidade - por este princípio, o título de crédito tem que ser escrito em documento corpóreo, não valendo a declaração oral, gravada ou não.
  • Princípio da Força Executiva - o titular do título de crédito, tem o direito de ingressar diretamente ao processo de execução, pois o título de crédito tem força idêntica a uma sentença judicial transitada em julgado.
  • Princípio da Literalidade - a literalidade significa que só vale no título o que nele estiver escrito, não podendo fazer valer do que alí não constar. " A letra exprime fielmente quanto vale e vale nominalmente quanto exprime." Whitaker
  • Princípio do Formalismo - o título de crédito é formal.  Em princípio, se faltar uma palavra que por força de lei nele deveria constar, o documento perderá seu valor de título de crédito. Exige-se que o título de crédito seja revestido de formalismo, pois sem ele não haverá os demais princípios, ou seja, não poderá ser invocada a autonomia, a literalidade, a abstração, ....
  • Princípio da Solidariedade - todas as obrigações constantes no título são solidárias, pois cada um dos coobrigados (sacador, aceitante, emitente, endossante ou avalista) pode ser chamado a responder pela totalidade da dívida.
  • Princípio da Autonomia / Independência - a autonomia do título significa que cada pessoa que se comprometer no título assume uma obrigação, independente das obrigações pelos outros assumidas, não existindo vinculação das obrigações.  A autonomia é a desvinculação da causa do título em relação a todos os coobrigados.
  • Princípio da Abstração - os direitos decorrentes do título de crédito são abstratos, não dependendo do negócio que deu origem ao título.  Nada mais é do que um aspecto da autonomia, pois o próprio título também é desvinculado da causa.
  • Princípio da Circulação - tem como finalidade facilitar as operações  de crédito e a transmissão dos direitos neles incorporados.  A transmissão dá-se regularmente pela tradição ou pelo endosso, a terceiro de boa-fé.

"Assim, quando o título de crédito, embora destinado à circulação, permanece nas mãos do portador originário, não encontram aplicação os princípios dos títulos de crédito;  o título, nessa hipótese, funciona como um título comum de legitimação, salvo os efeitos particulares que possam derivar de sua eventual qualidade de título executivo.  Só a efetiva circulação acarreta o surgimento dos problemas característicos dos títulos de crédito e a aplicação das normas com eles relacionadas." Giuseppe Ferri

Segundo Pontes de Miranda, os títulos se dividem em cambiais e cambiariformes.  As cambiais básicas ou genuínas são a letra de câmbio e a nota promissória.  Todos os demais títulos de crédito, como o cheque, a duplicata, o conhecimento de depósito, a cédula de crédito à exportação, e outros, são apenas assemelhados ou cambiariformes.  As regras da letra de câmbio e da nota promissória se aplicam aos títulos cambiariformes, em tudo que lhes for adequado, inclusive a ação de execução.

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

O princípio da autonomia das obrigações cambiais, contraídas por títulos de créditos, quer dizer que as obrigações que deram causa à emissão do título e as exceções pessoais do devedor em face do credor não afetam o que é contido no título de crédito.

Exemplificando, se Maria compra uma obra de arte, por meio de negócio jurídico anulável em razão de defeito naquele negócio, e paga com cheque, a anulação não afetará o teor do cheque.

Assim, as duas principais finalidades do princípio da autonomia são: facilitar a circulação dos títulos de crédito e dar segurança jurídica aos terceiros de boa-fé.

Quem saber mais? Então confira o que os especialistas do Passei Direto ensinam em nossos vídeos:

https://www.passeidireto.com/video/61881902/titulos-de-credito-teoria

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