Em uma das cláusulas foi estabelecido
que o pagamento seria feito no dia 5 de cada mês, no domicílio de Maria. Durante dois anos, contudo, o pagamento foi realizado entre os dias 10 e 15 no local de trabalho de Maria. Entretanto, no mês seguinte, a proprietária decide incidir penalidades pelo atraso e pela inadequação quanto ao local de pagamento. Assustado, João lhe procura como advogado. Qual o instituto que deve ser informado para que João possa seguir tranquilo em seus direitos?
É o princípio da boa-fé objetiva e duas figuras que dela derivam: a supressio e a surrectio.
Pela supressio, Maria deixou de exercer por longo tempo seu legítimo direito de requerer o pagamento no tempo e no local acordados em contrato, razão pela qual perdeu o direito de assim requerer.
Por outro lado, pela surrectio, João passou a ter o direito de pagar Maria no local habitualmente aceito e com o atraso razoável, também regular e constantemente aceito.
Tudo isso porque a boa-fé protege a confiança que surge do comportamento reiterado dos sujeitos de relações obrigacionais.
Vamos aprender mais sobre os institutos?
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