No Sistema Tributário Nacional as normas devem observar a hierarquia das leis para que não violem a soberania delas. Além disso, devem observar os princípios constitucionais tributários. Vejamos a seguir algumas situações hipotéticas.
A União criou o tributo sobre Produto Importado Supérfluo o (PIU) por meio da Instrução Normativa n° 1.390/16.
O Estado de Santa Catarina instituiu o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação em 01/01/2016, passando a exigi-lo em 01/03/2016.
A União alterou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras de 0,38% para 0,49% em 01/02/2016 e passou a cobrar pelo imposto com a nova alíquota em 01/05/2016.
O Estado de Santa Catarina instituiu o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação em 01/03/2016, passando a exigi-lo retroativamente em 01/01/2016.
O Estado de Santa Catarina instituiu o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação em 01/01/2015 passando a exigi-lo em 01/01/2016 papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, de periódicos e de livros.
Identifique se os princípios constitucionais tributários estão sendo violados nos exemplos anteriores e elabore uma justificativa para cada uma das situações expressas.
Hipótese 1: ofensa ao princípio da legalidade, visto que criado imposto por instrução normativa, quando a Constituição é expressa ao determinar que somente a lei pode criar ou aumentar tributos.
Hipóteses 2 e 3: Há violação ao princípio da anterioridade, visto que não observado a cobrança a partir do exercício seguinte, seja para criação ou aumento de alíquota.
Hipótese 4: Houve o atingimento ao princípio da irretroatividade, o qual impõe a não possibilidade de alcance da norma a eventos passados, como regra geral.
Hipótese 5: há ofesa à imunidade constitucional de tributar o papel, a qual obsta o exercício da capacidade tributária sobre este objeto.
O princípio constitucional tributário violado foi o Princípio da Legalidade (art. 150, I, da Constituição Federal), que proíbe a União de exigir tributo sem lei que o estabelaça. Sendo assim, o tributo não poderia ter sido criado por meio de Instrução Normativa.
O princípio constitucional tributário violado foi o Princípio da Anterioridade (art. 150, III, b, da Constituição Federal). Esse princípio veda que o imposto seja cobrado no mesmo exercício financeiro que foi instituído.
Não há violação ao princípio constitucional tributário da anterioridade neste caso, pois o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é uma de suas exceções, conforme previsto no § 1º do art. 150 da Constituição Federal.
O princípio constitucional tributário violado foi o Princípio da Irretroatividade (art. 150, III, a, da Constituição Federal). Esse princípio veda que o imposto seja cobrado com relação a fatos anteriores à vigência da lei que o instituiu.
Não há violação a princípios constitucionais tributários, pois foi obedecido o prazo relativo ao Princípio da Anterioridade, passando a cobrar o imposto somente no exercício financeiro seguinte e 90 dias após a vigência da lei que o instituiu.
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