SONETO Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar! Na escuma fria Pela maré das águas embalada... Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela! O seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando... Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! (Álvares de Azevedo, Lira dos Vinte Anos) 10) Pela leitura do poema, é possível afirmar que ele expressa a) o assombro do poeta diante da beleza da lua cheia, como que dormindo entre nuvens e refletindo seus raios sobre as águas do mar. b) a excitação sexual de um amante ao surpreender sua amada deitada, nua, sobre as areias de uma praia à noite, iluminada à luz sombria da lua. c) o êxtase de quem, contemplando em sonhos a luz, as flores, as nuvens e outros elementos da natureza, vê neles os sinais da divindade. d) a irreverência de alguém que, diante da exaltação do seu amor, não se importa com o desprezo nem da sociedade nem de sua própria amada. e) a admiração de um apaixonado diante da beleza de sua amada, que, contemplada dormindo entre os lençóis da cama, em seguida, desperta.
Essas características ficam claras no poema, em que um homem admira uma mulher enquanto dorme, comparando sua beleza a elementos da natureza. Também é possível perceber que a mulher desperta enquanto o homem a observa.
Assim, a alternativa correta é:
e) a admiração de um apaixonado diante da beleza de sua amada, que, contemplada dormindo entre os lençóis da cama, em seguida, desperta.
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