O neoconstitucionalismo busca enfrentar essa tarefa a partir de um modelo
universalizante, enquanto o novo constitucionalismo latino-americano refunda a
teoria constitucional abandonando propostas totalizantes e aproximando-se de uma
compreensão da realidade caracterizada pela multiplicidade e pelo pluralismo.
O assunto é bastante extenso e ocupa livros, artigos e cursos inteiros, mas tentarei ser breve na explicação.
O neoconstitucionalismo e o constitucionalismo latino-americano buscam, de formas distintas, solucionar questões de igualdade e participação, bem como em trazer o adequado estabelecimento da democracia.
Entretanto, divergem fundamentalmente no tocante à universalidade do constitucionalismo.
O neoconstitucionalismo acredita cada vez mais em um caráter universalizante, que busca convergir os interesses de nacionais e mesmo de nações distintas para objetivos e valores em comum, buscando estabelecer standards que devem ser buscados, a despeito de eventuais conflitos socialmente existentes.
Já o constitucionalismo latino-americano enxerga a fragmentariedade que pode existir em uma mesma nação. Assim, nações existiriam dentro de nações, razão pela qual deveriam existir constituições sob uma constituição. Exemplificando, no Brasil temos culturas absolutamente apartadas. O neoconstitucionalismo busca universalizar a questão, enquanto o constitucionalis latino-americano buscaria particularizar. Assim, na primeira visão, teríamos o que temos hoje e, na segunda, especificidades que separassem de forma harmoniosa índios e descendentes de alemães, sertanejos e moradores de grandes metrópoles.
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Direito Constitucional I
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