O autor Carlos Roberto Gonçalves define tal conceito como: “Obrigação é o vinculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o cumprimento de determinada prestação. Corresponde a uma relação de natureza pessoal, de crédito e débito, de caráter transitório (extingue-se pelo cumprimento), cujo objeto consiste numa prestação economicamente aferível.”
A relação jurídica obrigacional é composta por três elementos essenciais, que são: o subjetivo, o objetivo e o espiritual.
O elemento subjetivo consiste nos sujeitos da relação obrigacional.
O sujeito ativo (credor) é aquele cujo devedor prometeu determinada prestação e, como titular da obrigação, o credor tem o direito de exigir o seu cumprimento.
O elemento objetivo consiste no objeto da obrigação, que é sempre uma conduta ou ato humano. Tais condutas são divididas em dar, fazer ou não fazer.
O elemento espiritual consiste no vínculo jurídico da relação obrigacional que, segundo Carlos Roberto Gonçalves, “é o liame existente entre o sujeito ativo e o sujeito passivo e que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimento da prestação.”
Para que se esteja diante de uma relação obrigacional, é imprescindível a observância de alguns requisitos civis:
É necessário que haja uma relação jurídica entre as partes, de modo que os interessados ativos tenham poder de coerção em relação ao cumprimento da obrigação. Não se encaixam nesse requisito, por exemplo, as obrigações de cunho religioso, pois nelas não há poder de coerção em caso de descumprimento;
Toda relação jurídica deve ser composta por credor e devedor, que podem ser pessoas naturais ou jurídicas. Não há relação obrigacional sem sujeito ativo (credor), que detém interesse no cumprimento da prestação, e sujeito passivo (devedor), que deve efetuar a prestação.
Já o objeto da obrigação é a prestação titularizada pelo credor, que deve ser cumprida pelo devedor na forma de um comportamento de dar, fazer ou não fazer alguma coisa.
Além disso, as obrigações têm caráter transitório, isto é, não permanente. Toda obrigação pretende a satisfação de uma prestação. Uma vez satisfeita essa prestação, a relação obrigacional se extinguirá.
O Direito das Obrigações é o ramo do Direito Civil que trata do complexo de normas, regras e princípios que regem as relações jurídicas cujo objeto sejam prestações de uma pessoa (natural ou jurídica) em favor da outra.
As obrigações trazidas pelo Direito Civil são as seguintes: obrigação de dar coisa certa; obrigação de dar coisa incerta; obrigação de fazer; obrigação de não fazer; obrigações alternativas; obrigações divisíveis e indivisíveis e obrigações solidárias.
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Direito Constitucional I
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