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1. Como atua a cocaína nos terminais sinápticos? 2. Como atua a anfetamina nos terminais sinápticos?

💡 2 Respostas

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Lilian Santana

Quando a cocaína entra no sistema de recompensa do cérebro, ela bloqueia os sítios transportadores dos neurotransmissores acima mencionados (dopamina, noradrenalina, serotonina), os quais têm a função de levar de volta estas substâncias  que estavam agindo na sinapse. Desta maneira, ela possibilita a oferta de um excesso de neurotransmissores no espaço inter-sináptico à disposição dos receptores pós-sinápticos, fato biológico cuja correlação psicológica é uma sensação de magnificência, euforia, prazer, excitação sexual. Por este motivo, denomina-se o consumo da cocaína "Sindrome de Popeye", numa analogia dessa droga com o espinafre do conhecido marinheiro das histórias em quadrinhos (11). Uma vez bloqueados estes sítios, a dopamina e outros neurotransmissores específicos não não são recaptados, ficando portanto, "soltos" no cérebro até que a cocaína saia. Quando um novo impulso nervoso chega, mais neurotransmissor é liberado na sinapse, mas ele se acumula no cérebro por seus sítios recaptadores estarem bloqueados pela cocaína. Acredita-se que a presença anormalmente longa de dopamina no cérebro é que causa os efeitos de prazer associados com o uso da cocaína. Quando imaginamos que ocorrem cerca de trilhões de trocas neuroquímicas por minuto, fica evidente que o preço pago por viver uma experiência de euforia é alto demais em relação às características que o indivíduo terá que encarar (11). O uso prolongado da cocaína pode fazer com que o cérebro se adpte a ela, de forma que ele começa a depender desta substânica para funcionar normalmente diminuindo os níveis de dopamina no neurônio. Se o indivíduo parar de usar cocaína, já não existe dopamina suficiente nas sinapses e então ele experimenta o oposto do prazer - fadiga, depressão e humor alterado. 

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Andre Smaira

1)

Após ocorrer a sua liberação a cocaína atua sobre os receptores dopaminérgicos, cujo efeito é sensação de bem-estar e euforia. A cocaína acaba estimulando de uma forma direta o sistema recompensa, ligando-se à bomba de receptação de dopamina e bloqueando sua ação. Como consequência, uma quantidade maior de dopamina permanecerá na fenda sináptica.

2)

Do ponto de vista farmacológico, é um agonista indireto dos sistemas de neurotransmissores monoamínicos, especialmente no nível central, pois atua como substrato do transportador de dopamina (DAT) com o qual compete pelo transporte do espaço sináptico, ao citoplasma , aumentando assim sua concentração no vallo intersináptico e como um inibidor do transportador de monoamina vesicular (VMAT), que impedindo o preenchimento das vesículas sinápticas ao reverter a direção de transporte dos transportadores acima mencionados, induz a liberação de neurotransmissores, em particular dopamina e noradrenalina.

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