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Que população de linfócitos T reconhece os antígenos apresentados pelas moléculas do MHC de classe I e de classe II?

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Regina conceição de Almeida

Os receptores de células T (TCR), assim como as imunoglobulinas (Ig) ou anticorpos, são receptores antígeno-específicos essenciais para a resposta imune. Estão presentes na superfície externa dos linfócitos T (células T) mas diferem, entretanto, das imunoglobulinas:

Imunoglobulinas são tetrâmeros, formadas por quatro cadeias polipeptídicas (duas cadeias leve e duas cadeias pesadas) e possuem dois sítios de reconhecimento de antígeno. Os TCRs são dímeros e possuem somente um sítio de reconhecimento de antígeno.
Imunoglobulinas podem estar ancoradas na superfície dos linfócitos B (células B) ou secretadas nos fluídos corpóreos, principalmente no plasma sangüíneo. Os TCRs existem somente como proteínas ancoradas na superfície externa dos linfócitos T.
Imunoglobulinas reconhecem antígenos solúveis e antígenos na sua forma nativa. Os TCRs só reconhecem antígenos que tenham sido previamente processados em peptídeos, os quais têm que estar ligados a moléculas de MHC (complexo principal de histocompatibilidade), na superfície das células apresentadoras de antígenos ou APCs (macrófagos, monócitos, linfócitos B e células dendríticas).
Este fenômeno é chamado de restrição-MHC. A educação de células T, tornando-as aptas ao reconhecimento de moléculas MHC do próprio corpo (MHC próprio) ocorre no timo.

O receptor TCR convencional, ou TCR alfa/beta é expresso pela maioria dos linfócitos T e consiste de duas cadeias polipeptídicas glicosiladas (alfa e beta) mantidas juntas por ligações dissulfeto. O TCR alfa/beta é por sua vez associado fisicamente (mas não por ligação covalente) a uma proteína chamada CD3, formando o complexo funcional TCR-CD3 na superfície dos linfócitos T.

O TCR alfa/beta deve discriminar os diferentes peptídeos não-próprios apresendados pelas moléculas de MHC na superfície das APCs. O TCR alfa/beta participa na interação peptídeo-MHC e o CD3 na transdução de sinais no interior dos linfócitos T.

Os linfócitos T alfa/beta representam 90-99% dos linfócitos T periféricos maduros no homem e, incluem duas populações de linfócitos; os T CD4+ (T auxiliadores) e os T CD8+ (T supressores/citotóxicos).

Tais células T alfa/beta estão implicadas no reconhecimento de antígenos exógenos como peptídeos de microrganismos ligados a MHC de classe II e são, em sua maioria, T CD4+ auxiliadores. As células T alfa/beta CD8+ (aproximadamente 30% das células T alfa/beta) reconhecem peptídeos gerados por processamento endógeno e ligados a moléculas de MHC de classe I. São os chamados linfócitos T citotóxicos e responsáveis pela destruição de células infectadas e células cancerosas.

CD4 e CD8 são moléculas que interagem com a região não polimórfica de MHC de classe II e de classe I, respectivamente. As células T gama/delta representam 1-10% dos linfócitos T periféricos maduros humanos, expressam a proteína CD3, mas não CD4 ou CD8.

Um segundo tipo de TCR, chamado de TCR gama/delta, é composto pelas respectivas cadeias polipeptídicas gama e delta, também associad
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