Descartes foi um filósofo, matemático e físico francês do século XVI pertencente a linha epistemológica do racionalismo. Trocando em miúdos, havia uma discussão se o conhecimento tinha origem na mente ou na aprendizagem (experiência). Os empiristas apostavam na experiência e os racionalistas na razão e na lógica. Antes de saber o que significa "penso, logo existo" (ou "cogito, ergo sum", em latim - cuja tradução mais correta seria "penso, logo sou") é bom usarmos um exemplo do motivo dessa discussão: muita gente já teve algum sonhos tão realistas que só perceberam estar sonhando ao acordar e, de fato, não temos como provar de modo irrefutável que estamos agora acordados e não numa ilusão como no filme Matrix. É aí que entra o "penso, logo existo": Descartes passou a se questionar qual a origem epistemológica do conhecimento (se era a mente ou a aprendizagem), para isso passou a metodologicamente duvidar de tudo e percebeu que ao duvidar que duvidava tinha a certeza que pensava e pra pensar é preciso existir. Descartes esperava assim demonstrar que o conhecimento se inicia no pensar e não no perceber ou aprender que depende de nossas experiências. Daí surge seu mais famoso aforismo: "penso, logo existo".
Descartes entendeu que ao duvidar, estava pensando, e por estar pensando, ele existia. Desta forma, a sua existência foi a primeira verdade irrefutável que ele encontrou.
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