Na medicina cartesiana apresentada por Descartes, à concepção do corpo humano como máquina é singular. Os escritos transitam seu arcabouço
teórico pela fisiologia e pela anatomia do corpo humano. Contudo, D'Abreu (2009) descreve que a nova noção de corpo humano, nascida no século XVII – e mais precisamente, a noção mecanicista cartesiana – acabou por permitir uma nova
análise do corpo político. E este corpo humano foi concebido pelo filósofo francês como um autômato plenamente auto-regulador, uma vez que suas respostas aos estímulos externos eram automáticas. O corpo humano se diferiria do animal apenas
pela existência da alma. Esse mesmo corpo animal seria, simplesmente, uma reunião de reflexos, ou seja, não era mais do que uma máquina capaz de responder espontaneamente ao estímulo de seu meio interno e externo. Desta forma, a fisiologia cartesiana é, definitivamente, marcada pelo
constante movimento das partículas do corpo. Assim sendo, “O corpo, enquanto tal,
está sujeito às leis do universo e, portanto ele é movimento.
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