As características lipofílicas dos fármacos tão importantes para sua absorção e distribuição pelo organismo, dificultam sua eliminação. A excreção renal do fármaco de forma inalterada desempenha um papel modesto na eliminação da maioria dos agentes terapêuticos, porque as substâncias lipofílicas filtradas pelos glomérulos são reabsorvidos em grande parte para a circulação sistêmica durante a passagem pelos túbulos renais. O metabolismo dos xenobióticos em metabólitos mais hidrofílicos é essencial para sua eliminação. Na maioria das vezes, o processo de biotransformação de fármaco leva a perda de sua atividade farmacológica. Entretanto, alguns sistemas enzimáticos transformam substâncias inativas em substâncias farmacologicamente ativas ou tóxicas.
O metabolismo ou reações de biotransformação são classificados em dois tipos:
• Reações de fase I ou reações de funcionalização de fármacos
• Reações de fase II ou reações de conjugação
As enzimas de fase I possibilitam a introdução de grupos funcionais , adicionando aos xenobióticos os seguintes grupamentos: -OH, -COOH, -SH, -O- ou NH2. A adição destes grupos funcionais aumenta um pouco a hidrossolubilidade deste composto, mas pode alterar profundamente suas propriedades farmacológicas. Estas reações estão fortemente associadas a inativação dos fármacos ativos.
Já as enzimas de fase II (conjugação) facilitam a eliminação dos fármacos e a inativação dos metabólitos eletrofílicos potencialmente tóxicos produzidos pela oxidação. Estas reações produzem metabólitos mais hidrossolúveis com pesos moleculares maiores, o que facilita sua eliminação.
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