SE NÃO USAR O AGRAVO DE INSTRUMENTO EM UMA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, O QUE PODERÁ SER FEITO PARA REVERTER ESSA DECISÃO, QUE NÃO É TERMINATIVA?

Olá Marisa, para fins de deslinde da questão posta em discussão é preciso ter em mente a jurisprudência mais atual consolidada no âmbito do STJ sobre o rol de cabimento do Agravo de Instrumento, artigo 1015 do CPC. Por meio de recurso especial recebido sob a sistemática de repetitivo ( tema 988) a Corte Cidadã decidiu que o rol de cabimento do Agravo de Instrumento tem a taxatividade mitigada. Isto significa dizer que, em regra, somente cabe agravo de instrumento nas hipóteses listadas no art. 1.015 do CPC/2015. Excepcionalmente, é possível a interposição de agravo de instrumento fora da lista do art. 1.015, desde que preenchido um requisito objetivo: a urgência.

Ademais disso Marisa, tenha em mente que se não existir a urgência e matéria não estiver disposta no rol de cabimento do Agravo de Instrumento, a decisão interlocutória não estará sujeita a preclusão, podendo ser atacada como preliminar em eventual recurso de Apelação.

Para maior detalhamento sobre essa decisão do STJ, recomendo a leitura do informativo 639 do STJ, inclusive, devidamente explicado no site dizer o direito. Espero poder ter ajudado.

Caso a decisão ocasione prejuízo a parte, poderá ser objeto de preliminar de apelação em sede recursal.

NÃO