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A hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) na depressão maior é um dos achados mais consistentes em psiquiatria. Um percentual significativo de pacientes com depressão maior apresenta concentrações aumentadas de cortisol (o glicocorticóide endógeno nos seres humanos) no plasma, na urina e no fluido cerebrospinal; resposta exagerada de cortisol após estimulação com hormônio adrenocorticotrófico (ACTH); e aumento tanto da hipófise como das glândulas adrenais. Hipertrofia da adrenal tem sido encontrada em pacientes deprimidos e esse achado provavelmente explica porque a resposta do cortisol ao hormônio liberador de corticotrofina é similar em indivíduos deprimidos e em controles, já que a glândula adrenal aumentada é capaz de compensar a resposta achatada de ACTH ao hormônio liberador de corticotrofina, geralmente observada em pacientes deprimidos. Também foi observado volume hipofisário aumentado nesses pacientes, o que pode ser considerado um marcador da ativação excessiva do eixo HPA”.

O texto acima apresenta a relação entre a desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e a depressão, considerada a doença do século XXI. Baseado no trecho acima e nos conhecimentos adquiridos ao longo da unidade, elabore um texto dissertativo, com cerca de 20 linhas, apresentando os hormônios liberados pelo eixo hipotálamo hipofisário e suas respectivas funções nos órgãos (glândulas) alvo, bem como as doenças originadas de disfunções hormonais. Utilize em sua resposta, dois exemplos de eixo hipotálamo-hipófise e órgão alvo, diferentes do exemplo dado acima.


💡 4 Respostas

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Lemuel Controle e cia

Os hormônios desempenham um papel crítico no desenvolvimento e expressão de uma ampla gama de comportamentos.

Um aspecto da influência dos hormônios no comportamento é a sua potencial contribuição para a fisiopatologia dos transtornos psiquiátricos e para o mecanismo de ação dos psicotrópicos, particularmente na depressão maior.

Este eixo exerce um papel fundamental na resposta aos estímulos externos e internos, incluindo os estressores psicológicos. Anormalidades na função do eixo HPA têm sido descritas em pessoas que experimentam transtornos psiquiátricos. Além disso, é bem conhecido o papel fundamental do estresse como precipitante de episódios de transtornos psiquiátricos em indivíduos predispostos.1 Essas anormalidades parecem estar relacionadas às mudanças na capacidade dos glicocorticóides circulantes em exercer seu feedback negativo na secreção dos hormônios do eixo HPA por meio da ligação aos receptores de mineralocorticóides (RM) e glicocorticóides (RG) nos tecidos do eixo HPA.2,3-6 De fato, na depressão melancólica é descrito que há desregulação do feedback negativo no eixo HPA levando à hipercortisolemia.2,6 Assim como a depressão melancólica, um espectro de outros transtornos pode estar associado à ativação aumentada e prolongada do eixo HPA, incluindo anorexia nervosa, com ou sem desnutrição, transtorno obsessivo-compulsivo, pânico, alcoolismo crônico, abstinência de álcool e narcóticos, exercício excessivo, diabetes mellitus mal controlado, abuso sexual na infância e hipertiroidismo.7 Outro grupo de doenças é caracterizado pela hipoativação do sistema de estresse, em vez de ativação permanente, na qual a secreção cronicamente reduzida de hormônio liberador de corticotropina (HLC) pode resultar em hiporreatividade patológica e feedback negativo intensificado do eixo HPA. Pacientes com transtorno de estresse pós-traumático, depressão sazonal, depressão atípica e síndrome da fadiga crônica entram nessa categoria. Da mesma forma, pacientes com fibromialgia apresentam excreção urinária de cortisol livre diminuída e freqüentemente queixam-se de fadiga. Pacientes com hipotiroidismo também possuem clara evidência de hiposecreção de HLC




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Kenia Vieira

O sistema endócrino junto com o sistema nervoso controlam a homeostase, mediado por substâncias biológicas, como neurotransmissores e hormônios. Essa interação entre os sistemas ocorre através do hipotálamo que é formado das células nervosas e se localiza na base do encéfalo, é ele que coordena as atividades dos dois sistemas. O sistema endócrino é formado pelo hipotálamo e glândulas endócrinas que produzem substâncias de natureza química que atuam como mensageiros, e que pela corrente sanguínea chegarão aos órgãos alvos. Essas substâncias são chamadas hormônios que atuam na nossa homeostase através de feedback negativo. Essa conexão entre os sistemas é chamada eixo hipotálamo- hipófise.

Os hormônios produzidos pelo eixo são de suma importância para controle e regulação do organismo, qualquer desequilíbrio nesse processo pode gerar doenças como diabetes insipidus, depressão, gigantismo, nanismo hipofisário e etc. Esses hormônios são:

Ocitocina – Produzida pelo hipotálamo hipófise atua no útero, nas glândulas mamarias e no sistema nervoso. Nesse último juntamente a outros neurotransmissores, diminui ansiedade e estresse, melhora interações sociais em pessoas com esquizofrenia e autismo, depressão e melhora a sensação de prazer de homens e mulheres nas relações sexuais. Também está relacionada com aos sentimentos de bem estar, desenvolvimento de confiança, generosidade e empatia.

Antidiurético ADH –  Atua nos rins, produzido pelo eixo hipotálamo hipófise, quando em níveis normais trabalha na homeostase da absorção de agua pelo organismo e excreção pela urina. Quando em desequilíbrio pode gerar diabetes insipidus.

Prolactina – O orgão alvo são as glândulas mamarias. A hipofise eleva os níveis desse hormônio durante o período gestacional e pós-parto quando a produção ocorre de maneira adequada, mas a sua alta produção, ou hiperprolactinemia pode causar produção de leita com ausência de gestação, impotência sexual, ausência de libido, osteoporose e tumores.

Hormônio do crescimento GH – Os órgãos alvo desse hormônio são músculos, ossos e tecido adiposo. É produzido pela hipófise e em níveis normais é o responsável pelo crescimento para atingir a estatura de um adulto. Sua produção em excesso, causa uma doença conhecida como gigantismo e sua deficiência produtiva causa nanismo hipofisário.

ACTH – Produzido pela hipófise, também chamado corticotrofina, é um polipeptídio que atua no córtex adrenal.  Sua produção em níveis elevados aumentam a secreção do hormônio do crescimento (GH) e estimulam a secreção de insulina.

TSH – É o hormônio estimulador da tireoide que mostra o funcionamento dessa glândula, em níveis de produção normal auxilia na homeostase de vários órgãos. Mas quando produzido em níveis elevados, chamado hipertiroidismo leva a perda de peso, exoftalmia, hipertensão, ansiedade.

FSH – É um hormônio ligado as glândulas sexuais e a sua concentração no sangue ajuda a identificar se os testículos e os ovários estão funcionando corretamente, puberdade atrasada ou precoce, menopausa, impotência sexual, baixa produção de óvulos e espermatozoides.

LH - Ligado as glândulas sexuais detecta a capacidade reprodutiva de homens e mulheres, auxilia no diagnóstico de tumores da hipófise, possíveis alterações nos ovários, infertilidade, cistos, baixa produção de óvulos e espermatozoides.

 

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Carol dias

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