Situação-problema: Abelardo era conhecido camelô do centro da cidade de Fortaleza e toda semana vendia a seus clientes DVDs de filmes recém lançados no cinema pelo valor de R$5,00. Determinado dia, um de seus clientes insatisfeito por ter comprado um título e no CD constar outro filme procurou uma viatura militar a duas quadras do local para dar "queixa" do ocorrido. O Policial Militar Milton deslocou-se até o "local da venda" e ao abordar Abelardo, encontrou em sua mochila 215 DVDs de diversos títulos, 89 CDs de diversos títulos e 37 jogos de Playstation IV, de diversos títulos.
Diante do caso concreto, caso Abelardo apresente como tese defensiva o fato de que "todo mundo sabia o que ele vendia e todo mundo comprava, de modo que sua conduta era socialmente aceita", avalie se sua defesa pode ser considerada para fins de exclusão de responsabilidade jurídico-penal.
A súmula 502 do STJ enuncia que presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica em relação ao crime previsto no art. 184 §2°, do código penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs pirata. O STJ pacifica a questão afirmando a tipicidade material e formal da conduta descrita. É afastada a aplicação do princípio da adequação social e da insignificância . Mesmo sendo rotineira a exposição à venda de produtos falsificados ou pirateados, é notório que os fornecedores e consumidores têm conhecimento da ilicitude das condutas.
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